O último quartel do século XVIII marcou o fim de uma época. Em 1789 estourou a Revolução Francesa, que pôs fim ao absolutismo dos reis. mas estabeleceu o delírio libertário e sangulnário da turba irresponsável e desvairada.
É sempre assim: A tirania abre o caminho para a anarquia. O opressão dá lugar à rebelião. Que tudo subverte. Foi o governo absoluto e dissoluto de Luis XV de França, que serviu de modelo para o governo de Dom João V de Portugal, que procurou imitar o luxo da corte do perdulário monarca francês, que entendia que o rei é rei, para gozar e gastar mais do que os outros.
O Rei Dom João V recebe o título "Magnífico", devido ao fausto da sua corte. João Amaral, na sua História de Portugal, refere grande número de munificiências perdulárias praticadas pelo monarca português. Essas munificiências, porém, eram custeadas pelo ouro e pelos diamantes que lhe vinham do Brasil.
Eis porque no Século XVIII. a maior preocupação da metrópole portuguesa consistia em aumentar a produção do ouro, para enriquecer a fazenda real. Assim, pois, fundar freguesias, onde não houvesse ouro, diamantes, esmeraldas, não interessava às autoridades reais. Esse foi motivo pelo qual Francisco Barreto Leme não encontrou apoio oficial, para fundar a "freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas de Mato Grosso".
Essa fundação não interessava às autoridades portuguesas, que se preocupavam só com o ouro de Cuiabá e de Goiás, e com os diamantes de Minas Gerais e também pelo ouro que já escasseava, em Vila Rica.
Com Centro-Sul do Brasil, ameaçado peIas incursões espanholas. O encarregado de restaurar a Capitânia foi Luís António de Sousa Botelho Mourão, o IV Morgado de Mateus, que fundou várias vilas e freguesias para atender o seu projeto geopolítico.
A última freguesia fundada por determinação do IV Morgado de Mateus foi a de Nossa Senhora da Conceição das Campinas de Mato Grosso.
Campinas tornou-se em pouco tempo o núcleo central do quadrilátero do açúcar, que incluia ainda Piracicaba, Jundiaí e Moji Mirim, e que se tornou a principal área produtora de cana no século XVIII e primeiras décadas do século XIX, antes da introdução do café.
Seriam "engenheiros" como eram conhecidos os donos de engenho de cana, os primeiros líderes políticos de Campinas e região. Uma verdadeira dinastia econômica e política foi fundada pelo capitão Domingos Teixeira Vilela, nascido em Braga, em Portugal, e que vivia há vários anos em Baependi, em Minas Gerais, casado com Ângela Isabel Nogueira.
O capitão Teixeira se fixou em Campinas em 1775 e coube a dois de seus oito fIlhos, Felipe Néri Teixeira e Joaquim José Teixeira Nogueira, o papel de introduzir a cana Freguesia, em conjunto com Antônio Ferraz de Campos, sempre conforme os interesses estratégicos de Lisboa. Com os altos preços no mercado Internacional, que alcançaram um recorde em 1796, o poder político dos "engenheiros" se consolidou. Com isso a elevação da Freguesia à Vila foi al.cançada rapidamente. A Vila de São Carlos, segundo nome de Campinas, foi instalada a 14 de dezembro em 1797, com a eleição da primeira Câmara.
A Câmara Municipal foI instalada comum corpo de seis vereadores, que tinham um mandato anual. Dos 30 primeiros mandatos titulares, correspondentes às cinco primeiras legislaturas, 17 foram ocupados por senhores de engenho.
Em 1797, com as rendas públicas atingindo RS 50$000, com mais de 400 casas, totalizando 2107 habitantes, sendo 700 deles escravos, e muitos líderes regionais que podiam se encaixar nos cargos da República, a então Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso começava a sua emancipação política, desmembrando-se de Jundiaí. Os integrantes do governo municipal eram praticamente obrigados a se instalarem em Jundiaí, o que causava sérios embaraços aos lavradores engenheiros em função da Freguesia ser dependente da cidade nos aspectos político e econômico.
É sempre assim: A tirania abre o caminho para a anarquia. O opressão dá lugar à rebelião. Que tudo subverte. Foi o governo absoluto e dissoluto de Luis XV de França, que serviu de modelo para o governo de Dom João V de Portugal, que procurou imitar o luxo da corte do perdulário monarca francês, que entendia que o rei é rei, para gozar e gastar mais do que os outros.
O Rei Dom João V recebe o título "Magnífico", devido ao fausto da sua corte. João Amaral, na sua História de Portugal, refere grande número de munificiências perdulárias praticadas pelo monarca português. Essas munificiências, porém, eram custeadas pelo ouro e pelos diamantes que lhe vinham do Brasil.
Eis porque no Século XVIII. a maior preocupação da metrópole portuguesa consistia em aumentar a produção do ouro, para enriquecer a fazenda real. Assim, pois, fundar freguesias, onde não houvesse ouro, diamantes, esmeraldas, não interessava às autoridades reais. Esse foi motivo pelo qual Francisco Barreto Leme não encontrou apoio oficial, para fundar a "freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas de Mato Grosso".
Essa fundação não interessava às autoridades portuguesas, que se preocupavam só com o ouro de Cuiabá e de Goiás, e com os diamantes de Minas Gerais e também pelo ouro que já escasseava, em Vila Rica.
Com Centro-Sul do Brasil, ameaçado peIas incursões espanholas. O encarregado de restaurar a Capitânia foi Luís António de Sousa Botelho Mourão, o IV Morgado de Mateus, que fundou várias vilas e freguesias para atender o seu projeto geopolítico.
A última freguesia fundada por determinação do IV Morgado de Mateus foi a de Nossa Senhora da Conceição das Campinas de Mato Grosso.
Campinas tornou-se em pouco tempo o núcleo central do quadrilátero do açúcar, que incluia ainda Piracicaba, Jundiaí e Moji Mirim, e que se tornou a principal área produtora de cana no século XVIII e primeiras décadas do século XIX, antes da introdução do café.
Seriam "engenheiros" como eram conhecidos os donos de engenho de cana, os primeiros líderes políticos de Campinas e região. Uma verdadeira dinastia econômica e política foi fundada pelo capitão Domingos Teixeira Vilela, nascido em Braga, em Portugal, e que vivia há vários anos em Baependi, em Minas Gerais, casado com Ângela Isabel Nogueira.
O capitão Teixeira se fixou em Campinas em 1775 e coube a dois de seus oito fIlhos, Felipe Néri Teixeira e Joaquim José Teixeira Nogueira, o papel de introduzir a cana Freguesia, em conjunto com Antônio Ferraz de Campos, sempre conforme os interesses estratégicos de Lisboa. Com os altos preços no mercado Internacional, que alcançaram um recorde em 1796, o poder político dos "engenheiros" se consolidou. Com isso a elevação da Freguesia à Vila foi al.cançada rapidamente. A Vila de São Carlos, segundo nome de Campinas, foi instalada a 14 de dezembro em 1797, com a eleição da primeira Câmara.
A Câmara Municipal foI instalada comum corpo de seis vereadores, que tinham um mandato anual. Dos 30 primeiros mandatos titulares, correspondentes às cinco primeiras legislaturas, 17 foram ocupados por senhores de engenho.
Em 1797, com as rendas públicas atingindo RS 50$000, com mais de 400 casas, totalizando 2107 habitantes, sendo 700 deles escravos, e muitos líderes regionais que podiam se encaixar nos cargos da República, a então Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso começava a sua emancipação política, desmembrando-se de Jundiaí. Os integrantes do governo municipal eram praticamente obrigados a se instalarem em Jundiaí, o que causava sérios embaraços aos lavradores engenheiros em função da Freguesia ser dependente da cidade nos aspectos político e econômico.
Por isso, os moradores da Freguesia decidiram enviar, em 1797, uma petição ao governador da capitania de São Paulo, Morgado de Mateus, que começava assim:
"Dizem os moradores da nova Freguesia de Campinas do termo de Jundiaí, que consta do assinado junto, que se vêm vexados em servirem aos cargos da República da dita Vila por morarem desviados da mesma 8, 10, 12, 14 léguas, no que sentem gravíssimos prejuízos nas suas lavouras por serem engenheiros". A palavra engenheiro significava ‘proprietário de engenho’.
A cana produziu riqueza e contribuiu para começar a projetar Campinas no cenário nacional, mas escravidão no microcosmo campineiro indica como injustiças sociais têm raízes profundas no Brasil, permanecendo ainda como o grande desafio para o século XXI.
Segundo recenseamentos registrados; Campinas tinha: em 1767, com 264 moradores; em 1768, com 44 pessoas (só pais e filhos homens); em 1773, quando já freguesia, com 383 moradores; em 1774, com 393 moradores e 1797 com 2107 moradores e por volta de 400 moradias.
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