30 de outubro de 2011

27 de outubro de 2011

Efeméride: 27 de Outubro - Enterro de Carlos Gomes em Campinas




Acima e abaixo fotos do cortejo fúnebre.




Abaixo o local neste outubro de 2011.






25 de outubro de 2011

Efeméride: 25 de Outubro - Dia do Dentista

Neste dia comemorativa desta importante categoria faço aqui uma conexão com o passado; publicando a relação dos dentistas que se tinha em Campinas em 1899.



Memória Fotográfica: Rua (hoje avenida) Andrade Neves - Década de 1940

Bela foto da bucólica Campinas da década de 1940. Para quem conhece a avenida hoje não acredita que a mesma foi assim um dia.



23 de outubro de 2011

Curiosidades: Uma data festiva em 23 de outubro de 1874 - Visita do Conde D'Eu

Artigo publicado em 23 de dezembro de 1968 e de autoria de José de Castro Mendes.

Uma data festiva - Visita Conde DEU - 23-10-1874 - CP - 1968 1-8



Uma data festiva - Visita Conde DEU - 23-10-1874 - CP - 1968 2-8



Uma data festiva - Visita Conde DEU - 23-10-1874 - CP - 1968 3-8 (1870)


O conde em 1870



Uma data festiva - Visita Conde DEU - 23-10-1874 - CP - 1968 4-8



Uma data festiva - Visita Conde DEU - 23-10-1874 - CP - 1968 5-8 (1877)


O conde me 1877



Uma data festiva - Visita Conde DEU - 23-10-1874 - CP - 1968 6-8



Uma data festiva - Visita Conde DEU - 23-10-1874 - CP - 1968 7-8


Princesa Isabel e o Conde D'Eu



Uma data festiva - Visita Conde DEU - 23-10-1874 - CP - 1968 8-8

21 de outubro de 2011

Personagem: Roberto Côrte-Real

Neste 21 de outubro, presto minha homenagem a este personagem campineiro que fez a história do rádio, da discofonia e televisão brasileira.






Out 21 - Roberto Corte Real - Mappin Movietone - 1965





Nasceu em 21 de outubro de 1919 na cidade de Campinas (SP). Começou aos 16 anos, na Rádio Educadora de Campinas foi discotecário, locutor e produtor.

Profissional respeitado, um dos mais conhecidos da história do jornalismo brasileiro; contribuiu decisivamente para a evolução da linguagem radiofônica e televisiva brasileira e para o registro de importantes momentos da Música Popular Brasileira.

Já em São Paulo trabalhou também como discotecário, locutor e produtor na Rádio Cultura AM. Chegou a ser gerente da Rádio América também. Já na Rádio Bandeirantes AM foi disc-jockey, discotecário novamente e programador. Profissional de rádio e televisão, fundou os Discos Colúmbia, depois Sony Music e gravou mais de quinhentos LPs de artistas famosos, além de ter sido jurado de todos os festivais da TVs Excelsior e Record. Também foi o primeiro locutor brasileiro a anunciar o fim da Segunda Guerra Mundial.

Na TV Paulista, canal 5 de São Paulo. Ela também teve seu sucesso no jornalismo. O nome do noticiário era "Mappin Movietone", patrocinado pelas saudosas Lojas Mappin, uma das maiores lojas de departamentos da época,

O apresentador era Roberto Côrte-Real, com sua inconfundível gravatinha borboleta. O jornal se iniciou em 1953, sob a direção de Mário Mansur. As notícias eram mais faladas pelo apresentador, do que mostradas. A TV Paulista não havia tantos recursos, nem técnicos, nem financeiros igualados a líder de audiência TV Tupi.

Este noticiário tem sua importância na história da televisão brasileira: nele surgiram as primeiras apresentadoras de telejornal em 1959. Eram as atrizes Cacilda Lanuza e Branca Ribeiro, que acompanhavam o poeta Paulo Bonfim na apresentação conjunta do jornal. O programa durou por muito tempo. Em 1965 saiu do ar para começar a entrar a nova programação do canal que logo se tornaria TV Globo. Apresentou também o Jornal do Meio Dia.

A música Esqueça é um versão de Forget Him feita pela jovem Roberta Côrte Real, que era filha de Roberto Côrte-Real, diretor artístico da CBS, o mesmo que "recomendou" Roberto Carlos na contracapa do LP "Louco por Você" (1961).

O trecho a seguir quem narra é Manoel Carlos: Monjardim, o pai de Maysa, era um homem boêmio e muito amigo dos artistas. Sua casa era freqüentada por Sílvio Caldas, Elizeth Cardoso e outros que gostavam demais das coisas que Maysa fazia. A primeira vez que um produtor de discos a ouviu, Roberto Côrte-Real - na época um dos mais importantes do Brasil -, viu nela uma grande revelação e imediatamente a convidou pra gravar.

Credibilidade. Era essa a impressão que Roberto Côrte-Real passava pelo rádio, pela televisão ou até pessoalmente. Há que não se lembre de Roberto quando se referem ao mesmo pelo sobrenome. Vem na cabeça Renato, seu irmão humorista. Poucos poderão remeter ao outro irmão, Armando, que coordenava a projeção de slides da TV Paulista e que nem ao menos apareceu de frente para as câmeras. Roberto Côrte-Real era aquele jornalista, dos primeiros noticiosos da TV.



Out 21 - Renato Corte Real




Irmão de Roberto; o também famoso Renato Côrte-Real. Veja a história de Renato em:




http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/2009/07/m_30.html




Naqueles primeiros anos da TV Paulista, início da década de 1950; Roberto Côrte Real dividia com a equipe uma pequena redação jornalística. Esta era improvisada na sala de um apartamento, no quarto andar de um pequeno edifício da Rua da Consolação. Organizavam as pautas dos programas, até do telejornal da emissora, que era apresentado e produzido por Mário Mansur.




Em pouco tempo, agora como diretor artístico do canal 5, Roberto dedicava-se ao trabalho e fazia questão de manter tudo em ordem. Se intrometia até onde não devia para dar àqueles que se empenhavam no trabalho a devida recompensa. Acreditava no talento dos iniciantes da TV, garotos que se metiam na profissão para desvendar os segredos que o fascinante meio provocava. Côrte-Real então, perguntava para cada um deles se o dono da emissora - o deputado federal Oswaldo Ortiz Monteiro - tinha pagado corretamente os 50 cruzeiros que tinha prometido à eles. Quando a resposta era "não", Roberto entrava na sala de Ortiz Monteiro e só saía de lá quando o dono desse o dinheiro dos garotos. Assim, câmeras, auxiliares de projeção, entre outros profissionais estavam satisfeitos.

Na televisão, além da TV Paulista, chegou a ser repórter de duas Emissoras Associadas: a TV Tupi de São Paulo (na época já canal 4) e a TV Tupi do Rio de Janeiro (canal 6). Depois ainda exerceu o cargo de produtor e apresentador de telejornal da TV Record, canal 7. Nesse meio tempo, apresentou e produziu programas da Rádio Panamericana (futura Jovem Pan), que fazia parte das Emissoras Unidas, como a TV Record. Chegou a TV Globo, para apresentar o programa "Jornal Hoje", cujo autor do nome foi o próprio.

Um pouco antes, na década de 1960; além da televisão conseguiu emprego na gravadora CBS (hoje Sony Music) e pelo seu trabalho na mesma acabou sendo um dos responsáveis pela movimento da "Jovem Guarda". Lançou nomes como Cauby Peixoto, Maysa Matarazzo, Roberto Carlos, entre outros.

Renato Côrte Real se preocupava com as questões sociais. Prova disso foi quando idealizou e assumiu a responsabilidade de gerir a primeira campanha para doação de sangue do Hospital das Clínicas de São Paulo. Também existia a sua preocupação com a classe trabalhadora dos meios de comunicação do país. Foi membro do Sindicato dos Radialista e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.

Gostava de experimentar todos os tipos de profissões de comunicação social, chegando até a ser diretor da Viacom do Brasil, grande distribuidora de filmes para TV.

Seus últimos locais de trabalho foram a Rede Bandeirantes de Televisão e a Rádio USP, onde apresentou o programa "Encontro com Roberto Côrte-Real". Viveu a profissão até não poder mais, sendo que encerrou-a com este programa semanal no dia 18 de outubro de 1988, data de seu falecimento.

Veja um pouco sobre sua vida em:

http://www.youtube.com/watch?v=r_rchEx1JSo

Curiosidades: Inauguração (21 de Outubro de 1976) da Biblioteca Municipal "Prof. Ernesto Manoel Zink"

Em 20 de outubro de 1976 o jornal Diário do Povo de Campinas publicava a matéria abaixo.




Biblioteca Municipal - DP - 20-10-2011 1-5





Biblioteca Municipal - DP - 20-10-2011 3-5





Biblioteca Municipal - DP - 20-10-2011 2-5





Biblioteca Municipal - DP - 20-10-2011 4-5





Biblioteca Municipal - DP - 20-10-2011 5-5






Conheça um pouco da história do milionário campineiro que doou o dinheiro para construção do edifício:


http://eptv.globo.com/blogs/promemoriacampinas/2011/personagem-roque-melillo-um-amor-incondicional-a-campinas/

19 de outubro de 2011

16 de outubro de 2011

Efeméride: 16 de Outubro (1950) - Uma página triste da história de Campinas

Trago abaixo uma história que não teve fim feliz; isto no que tange ao Asilo de Órfãs da Santa Casa de Misericórdia. A história é descrita na Tese de Doutorado na UNICAMP; "Infância, Educação e Direitos Sociais: "Asilo de Órfãs" (1870-1960); um belíssimo trabalho de pesquisa de Ana Maria Melo Negrão. Este material que coloco a disposição dos leitores; começou com uma matéria de um jornal de 04 de setembro de 1948, que tenho em meus arquivos e que me chamou atenção não só por ele, mas também pelo edífício localizado na esquina da rua Silva Teles com rua Emílio Ribas e que sempre minha curiosidade conhecer a sua história.



Orfanato N S Calvario - 04-09-1948 - 1-8



Coloco como sendo fato triste, pelas palavras colocadas na tese e pela constatação da inexistência atual deste orfanato:


“...Iniciou-se ai uma sequência fática, polêmica e permeada de interesses variados, para chegar-se ao fim do Asilo que tanto representou para Campinas e para as órfãs, em que pesem as mazelas de que foram vitimas. Deliberou-se, com a intermediação do bispo Dom Paulo de Tarso Campos, comprar das Irmãs de Nossa Senhora do Calvário; o Orfanato em fase final de construção na rua Dr. Silva Teles, no Cambui, uma vez que havia convergência de finalidade. Da mesma forma, não logrou êxito a proposta, face a um ofício de desistência do negócio, datado de 16 de outubro de 1950, encaminhado à Irmandade de Misericórdia pela Irmã Provincial da Congregação de Nossa Senhora do Calvário.


Continuava o processo da gradativa extinção do Asilo de Orfãs da Santa Casa de Misericórdia cujos subsídios para iluminar tal compreensão foram sorvidos no Relatório da Irmandade de Misericórdia da Santa Casa, do triênio de 1951, 1952 e 1953, trazendo uma análise e evolução daquele momento histórico-social....”


Ainda no mesmo material da tese; temos: "...O orfanato está intimamente ligado à Santa Casa, dela separado apenas pela Capelae, as dependências da Escola de enfermagem, misturadas com o orfanato. O problema está exposto:[...] 3. Existência de um orfanato, praticamente misturado com o Hospital, o que é anti-pedagógico e ainda mais condenado pelo Código Sanitário.[...] conseguiu a doação de uma área de terreno onde se pudesse construir o novo Asilo, e essa foi concedida pela Lei n. 632 de 31 de dezembro de 1951. A área doada está situada no bairro de São Bernardo, à avenida Rio de Janeiro e mede o total de 11.175,00 m2. Verificando os nossos engenheiros que a área doada era insuficiente para a obra que se pretendia construir,[...] e pelo Prefeito António Mendonça de Barros, conseguiu-se uma nova doação, com a área de 9.442,30m2,em 6 de março de 1953 ficando assim o terreno doado para o Asilo com a área total de 20.617,30m2[...] A edificação do novo Asilo foi contratada com o Dr. Hoche N. Segurado, orçada em Cr$ 5.600.000,00, exceto naturalmente a parte da montagem completa, que está orçada em mais Cr$ 1.000.000,00...."


"...Com base, portanto, no Código Sanitário vigente, uma instituição de abrigo e educação não poderia alocar-se ao lado de ala destinada a doentes portadores de todo tipo de enfermidade. Pelas informações supra-relatadas, infere-se que o último ano em que funcionou o Asilo de Órfãs na Santa Casa de Misericórdia foi 1951, passando as órfãs para o Orfanato Nossa Senhora do Calvário..."


Findando o assunto: "...Quanto ao Asilo de Órfãs, há um total silêncio nos relatórios que se seguem a esse período. Detectou-se, no entanto, pelo depoimento do Irmão jesuíta Roberto prédio da rua Rio de Janeiro que seria destinado à orfandade, foi doado em 1965, através de Lei Municipal, para a obra assistencial do padre jesuíta estadunidense, Haroldo Rahns, denominada Centro Social Presidente Kennedy...". Existente até hoje tal centro social.


Orfanato N S Calvario - 04-09-1948 - 2-8


As fotos antigas são da matéria do jornal de 1948 e as novas são de minha autoria.


Orfanato N S Calvario - 04-09-1948 - 2-8a


O local hoje abriga o Colégio Madre Cecília.


No site do Colégio Madre Cecília, consta: “O Lar Escola Nossa Senhora do Calvário, obra com a finalidade de atender crianças carentes do sexo feminino de 4 a 15 anos, em regime de internato, passava por grandes dificuldades para manter-se com seus próprios recursos, dirigido pela Madre Cecília, que foi a mola propulsora, pela sua fé inabalável, de espírito de sacrifício, generosidade e grande coração Madre Helena Soares, provincial no Brasil, preocupando-se com a possível extinção dessa obra assistencial, um dos anseios do fundador da congregação das Irmãs Calvarianas, Padre Pedro Bonhomme, resolveu com a diretoria abrir um Curso Infantil para crianças do Bairro do Cambuí. O Colégio Madre Cecília foi criado em fevereiro de 1965, com o nome de Externato Madre Cecília, com uma das finalidades de auxiliar na manutenção da entidade Assistencial já existente na época o "Lar Escola Nossa Senhora do Calvário", dirigido pelas Irmãs Calvarianas.”



Orfanato N S Calvario - 04-09-1948 - 2-8b



Orfanato N S Calvario - 04-09-1948 - 3-8



Orfanato N S Calvario - 04-09-1948 - 4-8



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Orfanato N S Calvario - 04-09-1948 - 5-8



Orfanato N S Calvario - 04-09-1948 - 6-8



Orfanato N S Calvario - 04-09-1948 - 6-8a



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Orfanato N S Calvario - 04-09-1948 - 7-8


Orfanato N S Calvario - 04-09-1948 - 7-8a Orfas subindo Rua Conceicao - 1948


Foto de 1948; mostrando as órfãs seguindo pela rua Conceição em direção à catedral metropolitana.



Orfanato N S Calvario - 04-09-1948 - 8-8