31 de janeiro de 2011

Descaso com a História: Riza ou Villa Riza ou ambas!

Tenho estes dados há tempos comigo, cedidos pelo leitor do blog e batalhador (como eu) na preservação do patrimônio histórico de Campinas, Luiz Souza.

Resolvi colocá-los e fui pesquisar um pouco os dados iniciais fornecidos. Veja na conclusão que cheguei (a seção do blog já dá uma dica, ou melhor diz tudo). Porém antes veja o que o Luiz escreveu; que por sinal estou de pleno acordo com ele.

Luiz Souza escreveu:

"Após algumas pesquisas e análise do local, cheguei à seguinte conclusão:

Em virtude da formação das linhas no local serem em forma de Raiz, que segundo entendo, simbolicamente para os diretores da Cia Mogiana de Estradas de Ferro, Raiz de uma grande Árvore (Tronco) com seus Ramos (Ramais), foi dado este nome.

Riza (nova ortografia) ou Rizza (velha ortografia), do Grego, significa Raiz.

Hoje no local existe o Terminal Rodoviário Ramos de Azevedo.

A foto panorâmica e dos anos 1920 (provavelmente) foi tomada do alto de uma das torres de iluminação (que ainda existem) no Pátio da Cia Paulista de E.F. ou do alto do prédio da Oficina de Locomotivas da Cia Mogiana de E.F. que leva o nome Carlos William Stevenson, desde 18 de outubro de 1969, em sua homenagem."


Acima implantação da Riza.


Foto de 10 de fevereiro de 1985 onde o trem Bandeirante na linha Campinas-Brasília; passando por Riza em Campinas (Foto Jose Pascon Rocha).

As fotos na sequência abaixo foram sacadas por mim em 05 de abril de 2007, uma semana antes de suas demolições.




Acima a casa demolida e que na primeira foto, de 1920, aparece com o número 2 ao seu lado.


Pesquisando, descobri um interessante trabalho, feito em 2007, de um grupo de estudantes (ALINE RUSSO BERTUCCELLI, ANDRÉ DAL’BÓ DA COSTA, ANDRÉ RIBEIRO DE BARROS, KAYA LAZARINI e TAIMÊ BERTAGNA) de arquitetura e urbanismo na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP. Vejam o eles escrevem em determinado trecho do trabalho: ...No dia 13 de abril de 2007, na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, os últimos exemplares habitacionais com arquitetura de tipologia ferroviária/fabril, singulares e representativos, foram demolidos para dar lugar à nova rodoviária da cidade a ser inaugurada no ano próximo...

Vejam este outro trecho ainda mais triste:

"...Atualmente propriedade da Prefeitura Municipal de Campinas, A Vila Riza teve seu processo de tombamento de número 06/04 junto ao Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas – CONDEPACC - feito em 2004 foi arquivado! No local da demolição, margeado por viadutos e vazios potenciais urbanos, será construída a nova rodoviária da cidade.Abaixo parte do Diário Oficial onde publica o edital de abertura do processo de tombamento. Como dito acima; o mesmo foi arquivado.


O novo Terminal Rodoviário de Campinas surge como parte de um projeto maior e de caráter metropolitano, o Corredor Noroeste. Dentre as características apresentadas pelos responsáveis do projeto da nova rodoviária, está a relação positiva do projeto com o patrimônio histórico do entorno.

Apesar de salientarem isso no memorial do projeto, tanto a Prefeitura quanto os participantes do empreendimento optaram por manter apenas parte do conjunto de casas da Vila Riza, desconfigurando sua dinâmica original e, destruindo assim, possivelmente, os últimos modelos dessa tipologia de arquitetura ferroviária.

O mais surpreendente é que a Prefeitura Municipal de Campinas, responsável pela demolição quase total do conjunto, não possui qualquer tipo de arquivo ou documentação consistente que sequer confirme a existência da Vila. Conforme constatamos em nossas pesquisas de arquivo, são poucas as peças gráficas disponíveis. Existem apenas plantas mal conservadas de implantação/localização e que dificultam o desenvolvimento de pesquisas como a que pretendemos desenvolver: inventários técnicos do patrimônio arquitetônico campineiro.

Essas demolições ocorreram no dia 13 de abril de 2007, restaram duas casas que, poupadas das escavadeiras e se transformarão em um museu – o Museu do Trem!..."



Na primeira foto podemos notar (1) o hipódromo que existia no local. Abaixo pode-se ler mais dados sobre o mesmo.

http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/2009/03/memoria-fotografica-hipodromo-do-bonfim.html

Não me resta concluir que: em nome da modernidade, cometeu-se um descaso com a história de Campinas.


30 de janeiro de 2011

Personagem: João Franco de Godoy

Muitas personagens nasceram em Campinas e fizeram história em outros municípios. É o caso deste que fez isto em Mogi-Mirim.


29 de janeiro de 2011

Personagem: Dr. Antônio Carlos Corsini

Neste 29 de janeiro; aniversário de seu prematuro passamento faço aqui uma homenagem à este personagem.




Abaixo reportagem onde anuncia sua prematura morte em 29 de janeiro de 1984.









Campinas homenageou o personagem dando seu nome a uma praça. Conforme localização abaixo. E mais no Estádio da A. A. Ponte Preta existe uma sala com seu nome, como se pode ver na outra foto.







O Centro Corsini foi um de seus maiores legados para à posteridade.

Veja detalhes sobre a organização em:



28 de janeiro de 2011

Ontem e Hoje: Barão de Jaguara x Largo do Rosário

Acima foto da década de 1940 e abaixo nos tempos atuais. Nada a comentar. Certo?




26 de janeiro de 2011

Ontem e Hoje: Grupo Escolar Dom João Nery

As três fotos abaixo são da década de 1950.

Para ver com mais detalhes clique sobre as imagens.




Abaixo o local neste janeiro de 2011.


A escola localiza-se a pouco mais de 800 metros do antigo local (foto acima), como se pode ver nas as marcações abaixo. O local acima na praça à esquerda e o novo local acima na direita superior do espectador.


24 de janeiro de 2011

Curiosidades: A Infância Campineira em 1930

Ainda do Álbum de Propaganda de Campinas de 1930; podemos apreciar fotos de crianças daquela época.


1 Album de Propaganda de Campinas 1930 - Infancia Campineira - 3-4


1 Album de Propaganda de Campinas 1930 - Infancia Campineira - 4-4

23 de janeiro de 2011

Curiosidades: O passado que ressurge - Córrego do Tanquinho na Rua Barão de Jaguara

O passado enterrado teima em aparecer para o presente. Foto cedida pelo leitor do blog; Matheus Guimarães Marsolla.

22 de janeiro de 2011

Personagem: Jockey Club de Campinas em 1930

Foi um símbolo de orgulho para Campinas; hoje relegado a mero campo de treino para os cavalos que competem em São Paulo e pelo país.

Jockey Club de Campinas 1930 - 2-5



Jockey Club de Campinas 1930 - 4-5

Jockey Club de Campinas 1930 - 5-5

Pode-se ver mais detalhes em:

http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/2008/07/curiosidades-jockey-club-campineiro.html

21 de janeiro de 2011

Memória Fotográfica: A. B. de Castro Mendes e a Casa Livro Azul

O cidadão A. B. de Castro Mendes foi um grande comerciante que teve a tipografia Casa Livro Azul, entre 1876 e 1958 (ano que foi extinta a empresa). Além da tipografia comercializava outros ítens como pode ser visto em outra postagem abaixo.

http://eptv.globo.com/blogs/promemoriacampinas/2006/curiosidades-1898-primeiro-estabelecimento-comercial-a-possuir-luz-eletrica/




Foto acima de 1876 quando fundou a tipografia. Abaixo foto dos funcionários de 1919, tendo seu filho Cleso na foto - o quarto da esquerda para a direita do leitor, de terno e colete claro.

Acima foto de 1926 ano dos 50 anos de fundação da casa. Tendo ao centro da foto, sentados, Antonio e seu filho Cleso.

Acima foto de 1936 e abaixo de 1946.

20 de janeiro de 2011

Ontem e Hoje: Rua Paula Bueno (proximidades Av. Orosimbo Maia) – 1905 e 1915

Com a ajuda, na identificação do local, do engenheiro e historiador Wagner Paulo dos Santos trazemos aqui duas imagens do passado e as atuais do local em questão. Ainda teve a ajuda, em cedendo uma das fotos, do leitor do blog Clair Sousa.

Acima foto de 1905 e abaixo o local neste janeiro de 2011.




Acima foto de 1915 e abaixo o local neste janeiro de 2011.
O retângulo vermelho mostra as imagens focadas em todas as fotos e no quadrado branco a possível localização dos fotógrafos do passado.