26 de novembro de 2009

Curiosidades: Escravidão em Campinas

Os dados abaixo foram retirados de material apresentado no 4º. Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional, realizado maio de 2009 em Curitiba, Estado do Paraná; sob o título “Escravos do Sul vendidos em Campinas: cativos, negociantes e o comércio interno de escravos entre as províncias do Sul do Brasil e um município paulista (década de 1870)” e foi produzido por Rafael da Cunha Scheffer (Doutorando em História na UNICAMP, bolsista FAPESP); tendo estes dados sidos coletados no Centro de Memória da UNICAMP (CMU).

“...Para a década de 1870, foram localizados seis livros de registros de impostos da
coletoria de Campinas. Os anos fiscais iam de julho a junho, assim, meu foco foram os livros iniciados no ano de 1869-1870 e finalizando com 1879-1880. Entretanto, nesse período foram encontrados apenas 6 livros: Livro 49 (1872-73), Livro 51 (1873-74), Livro 52 (1874-75), Livro 53 (1875-76), Livro 54 (1877-78) e Livro 57 (1878-79)1. Dos 5678 escravos negociados pelos senhores residentes na região de Campinas, 848 apresentavam como naturalidade as três províncias do Sul do Brasil, representando 15% dos cativos negociados.
Descontados aqueles nascidos na própria província paulista, a representatividade dos escravos sulistas negociados em Campinas sobe para 20% dos cativos comercializados. Cabe ressaltar, no entanto, que esses dados de origem apresentados por esta fonte tem alguns problemas. Até onde conseguimos entender, a referência a origem dos escravos negociados geralmente estava relacionada à naturalidade dos mesmos. Isso pôde ser observado na negociação do escravo Rodolpho, ocorrida no ano de 1878.
No registro de meia siza observamos a transferência de um escravo nascido no Rio Grande do Sul. Segundo o livro de notas de compra e venda de escravos, no dia 23 de janeiro Carlos Rodrigues de Oliveira vendeu a Francisco Fernandes de Abreu, ambos residentes no termo de Campinas, o pardo Rodolpho, de 9 anos, natural do Rio Grande do Sul e com aptidão para o trabalho campeiro...”

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostaria de saber se é possivel eu saber sobre a historia de minha familia, por ex. se meu avo de nome Jeremias bento tem algum registro dele vindo de alguma parte do pais ou o pai dele?

Tem como saber somos de campinas eu e meu pai.

Anônimo disse...

Meu e- mail é claudio.jere@yahoo.com.br