Coelho Netto teria vindo para Campinas em meados de 1901, já famoso na literatura, desde que publicara centenas de crônicas e de contos, peças de teatro e poesias. Entre seus trabalhos, destacam-se Inverno em Flor, O Rajá de Pendjab, A Capital Federal, Álbum de Retratos, e muitos outros.
Que razões teriam trazido Coelho Neto a Campinas? Ele enfrentou dias difíceis, que o levaram a vender até jóias e objetos da vida da família. Coelho Netto sentiu-se atraído pela possibilidade de tornar-se lente oficial do Culto à Ciência.
Em Campinas, Recordações, o cronista Leopoldo Amaral evoca a figura atraente de Coelho Neto, o encanto de sua conversação, a hospitalidade acolhedora de sua casa, a fidalguia de sua esposa dona Gaby. Escritores e artistas aqui residente convidavam o famoso escritor ou compareciam à sua casa, onde debatiam literatura e artes.
Ele resolveu candidatar-se para o concurso no Ginásio. A banca, ‘rigorosíssima’, constituía-se do fiscal do governo e de outros intelectuais inscritos. E Coelho Neto sagrou-se vencedor. Sua nomeação para o cargo saiu em agosto de 1901.Coelho Neto também escreveu a peça Pastoral, apresentada no dia 25 de dezembro de 1903. A apresentação da peça no Teatro São Carlos foi um grande sucesso.
O público era o mais representativo da cidade e o evento artístico foi comentado com minúcias pelo cronista Leopoldo Amaral.
Nascimento: 21/02/1864, Caxias, Maranhão, Brasil.
Filiação: Antonio da Fonseca Coelho e Ana Silvestre Coelho
Casamento: Maria Gabriela Brandão (1890); filhos: 14.
Falecimento: 28/11/1934, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
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