9 de janeiro de 2007

Personagem: Quintino Bocayuva


Quintino Bocayúva (nascido no Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 1836 e faleceu no Rio de Janeiro, 11 de junho de 1912) foi um jornalista e político brasileiro, conhecido por sua atuação no processo de Proclamação da República. Como político, foi o primeiro ministro das relações exteriores da República, de 1889 a 1891.

Em 1850 mudou-se para a cidade de São Paulo, iniciando a sua vida profissional como tipógrafo e revisor. Preparando-se para cursar Direito, foi forçado a abandonar os estudos por falta de recursos. Nesta fase, colaborou no jornal Acaiaba (1851), quando adotou o nome Bocaiúva (espécie brasileira de coqueiro), para afirmar o seu nativismo (à época grafava-se Bocayuva). Seu nome de batismo era Quintino Antônio Ferreira de Sousa.



Defensor ardoroso das idéias republicanas, de volta ao Rio de Janeiro trabalhou no jornal Correio Mercantil (1854) e no Diário do Rio de Janeiro (1860-1864), vindo a ser um dos redatores do Manifesto Republicano, que veio a público em 3 de Dezembro de 1870, na primeira edição do A República, e em cujas páginas escreveu até ao seu encerramento, em 1874. Colaborou ainda em O Globo (1874-1883), tendo, a partir de 1883, ingressado em O Paiz.

Maçom, era contrário às idéias positivistas. Polemista de discurso agressivo e lógico, no Congresso Republicano (São Paulo, Maio de 1889) prevaleceu a sua tese de uma campanha doutrinária pela imprensa para o advento gradual da República.

A sua aproximação de personalidades civis (chamados de casacas) e militares descontentes com o regime monárquico (específicamente junto a Benjamin Constant e ao Marechal Deodoro da Fonseca), foi decisiva nos acontecimentos que levaram à deposição do Imperador e à implantação da República no Brasil.




Foi o único civil a cavalgar, ao lado de Benjamin Constant e do marechal Deodoro da Fonseca, com as tropas que se dirigiram ao quartel-general do Exército brasileiro, na manhã de 15 de Novembro de 1889, para proclamar a República.

Com esta, participa do Governo Provisório, assumindo a pasta das Relações Exteriores. Nessa qualidade, negociou e assinou o Tratado de Montevidéu (25 de janeiro de 1890) visando solucionar a Questão de Palmas, entre o Brasil e a Argentina. Considerando que o diplomata extrapolou quanto à concessão territorial para a conclusão das negociações, o Congresso Nacional brasileiro rejeitou os termos do Tratado (1891) e Bocaiúva deixou a pasta para continuar como Senador pelo Estado do Rio de Janeiro na Assembléia Nacional Constituinte. Permaneceu no cargo até à votação da Constituição (24 de Fevereiro de 1891), renunciando ao mandato para retornar ao jornalismo, dirigindo o jornal O Paiz.



Em 1899 foi reeleito Senador, sendo subseqüentemente escolhido para o governo do Estado do Rio de Janeiro (1900-1903). Em 1909 retornou ao Senado, tendo exercido o cargo de vice-presidente de 1909 a 1912. Nessa função, apoiou a candidatura do Marechal Hermes da Fonseca à presidência da República (1910) e, nesse mesmo ano, ocupou a presidência do Partido Republicano Conservador do caudilho gaúcho José Gomes Pinheiro Machado.

É nome de rua no bairro Bonfim.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei do que li sobre meu bisavo

Obrigada Helena Bocayuva Cauduro