........ Fachada principal do estabelecimento em 1897
Em 13 de abril de 1873 foi inaugurado o Colégio “Culto à Ciência”, que começou a funcionar no mesmo ano da inauguração. O então secretário da sociedade maçônica, o dr. Manuel Ferraz de Campos Salles fez um discurso salientando, entre outras coisas, a necessidade da “instrução popular.”
A escola deve seu nome à “Sociedade Culto à Ciência”, cujos membros, pertencentes à Comissão de Justiça da loja Maçônica Independência de Campinas, decidiram, no ano de 1869, pela criação de um estabelecimento de ensino leigo na cidade. Inaugurado em 1873, como “Colégio Culto à Ciência”, foi dirigido pelos maçons até a dissolução da Sociedade, passando para o poder público em 1892.
O nome da escola é uma referência aos ideais positivistas, pois, para eles, “a razão era o novo guia da humanidade e cultuar a ciência era o mesmo que cultuar a razão”.
O primeiro surto de febre amarela em Campinas, em fevereiro de 1889, obrigou o Colégio a suspender suas atividades, que foram reiniciadas somente em julho daquele mesmo ano. Em 1890 as aulas foram reiniciadas em janeiro mas, o funcionamento da escola foi novamente interrompido pois a febre amarela, que tomou conta da cidade, ainda não tinha sido completamente debelada.
Durante o ano da proclamação da República e no ano seguinte o Colégio não funcionou regularmente, voltando às suas atividades somente em 1891 quando a situação financeira da “Sociedade Culto à Ciência” estava abalada.
O Colégio sempre enfrentou dificuldades financeiras, sobretudo pelo grande número de alunos pobres que não tinham condições de pagar nem a taxa de matrícula e as prestações cobradas aos alunos serem irrisórias. A Sociedade que havia idealizado o Colégio estava mais preocupada, naquele momento de grave crise financeira dele, em assumir o governo da República. Nesse contexto foi realizada a última assembléia da Sociedade, em 24 de dezembro de 1892, na qual ficou decidido que todo seu patrimônio passaria para a municipalidade campineira, para fins únicos de instrução, como previa o artigo 43 de seus estatutos.
O prédio em que funcionava o antigo Colégio ‘Culto à Ciência’” passou a pertencer ao Estado dois anos depois. Conforme Lei nº 284, de 14 de março de 1895, o então governador do Estado, Manoel Ferraz de Campos Salles, criou o Ginásio de Campinas. Instalado e inaugurado em 4 de dezembro de 1896, quando era Secretário do Interior Antonio Dino da Costa Bueno, o ginásio foi instalado no prédio onde funcionara o Colégio Culto à Ciência.
Esse prédio permanece até os dias atuais, e mantém o estilo da arquitetura clássica francesa do século XVII, ainda que tenha passado por algumas reformas.
Segundo o Anuário do Ensino do Estado de São Paulo (1907 e 1908), desde sua fundação até 1908, só se bacharelaram ali 32 alunos, devido às epidemias de febre amarela.
Compunham seu corpo docente, em 1907: Américo Brasiliense Antunes de Moura, catedrático de Português; Bento Ferraz, de Literatura; Dr. João Keating, de Francês; José Stott, de Inglês; Dr. Camillo Vanzolini, de Italiano; João von Atzingeti, de Alemão; Dr. Eduardo Gê Badaró, de Latim; Henrique Augusto Vogel, de Grego; André Perez Marin, de Aritmética e Álgebra; Ernesto Luiz de Oliveira, de Geometria e Trigonometria; Luiz Bueno Horta Barbosa, de Mecânica e Astronomia; Manoel Agostinho Lourenço, de Física e Química; Francisco Furtado Mendes Vianna, de História Natural; Gustavo Enge, de Geografia; Basilio de Magalhães, de História do Brasil e interino de Historia Universal; Dr. Abílio Alvaro Miller, de Psicologia e Lógica. Eram auxiliares de ensino os Srs. José Villdgelnn Junior, professor de Desenho, e Jorge Carlos Guilherme Hennigs, professor de Geometria. Era preparador de Física e Química o sr. Eugenio Buleão.
O número de alunos matriculados no ano de letivo de 1907 foi de 99, com a freqüência média de 88.
No ano de 1942 o ensino secundário foi dividido em dois ciclos: o primeiro, de quatro anos, formando o curso ginasial e o segundo, de três anos, compreendendo dois cursos paralelos: o clássico e o científico. Devido a esse acontecimento, o Ginásio de Campinas passou a denominarse, em 9 de abril de 1942, Colégio Estadual de Campinas.
No dia 4 de dezembro de 1946, o Colégio comemorou cinqüenta anos de existência como instituição oficial. Houve muitas comemorações nessa data e a Associação dos ex-alunos pleiteou a volta à denominação “Culto à Ciência” para o Colégio Estadual de Campinas.
Ocorreu, então, um fato pitoresco. O então governador, Dr. Ademar de Barros, entendendo que Campinas pretendia cultuar a ciência, assinou o decreto nº 17.306 em 17 de junho de 1947, alterando o nome do Colégio para Colégio Estadual “José Bonifácio”, considerando que José Bonifácio representava a homenagem que o corpo docente e toda a cidade de Campinas desejava prestar às ciências. Dessa forma, o Colégio levou o nome de “José Bonifácio” até o dia 1 de julho do mesmo ano, quando o decreto nº 17.350 entrou em vigor dando-lhe a denominação de Colégio Estadual Culto à Ciência.
O Sistema de Informações Educacionais da Secretaria de Estado da Educação indica que o decreto nº 8.761, de 12 de outubro de 1976, apontado no Diário Oficial de 13 de outubro de 1976, altera o nome da escola para Escola Estadual de Segundo Grau Professor Benedito Sampaio. O decreto nº 8.795, de 14 de outubro de 1976, apontado no Diário Oficial de 15 de outubro de 1976, torna sem efeito o decreto anterior, voltando para a denominação de Escola Estadual de Segundo Grau Culto à Ciência.
Conforme resolução nº 12, de 1 de dezembro de 1992, publicada no DOM de 24 de dezembro de 1992:08, o prédio do Colégio Culto à Ciência, situado à rua Culto à Ciência nº 422, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas – CONDEPACC.
Atualmente a escola oferece Ensino Médio (Geral).
Endereço atual:
Rua Culto a Ciência, 422 – Botafogo
Campinas, SP – CEP 130 20060
Telefone (19) 3232.3511
Em 13 de abril de 1873 foi inaugurado o Colégio “Culto à Ciência”, que começou a funcionar no mesmo ano da inauguração. O então secretário da sociedade maçônica, o dr. Manuel Ferraz de Campos Salles fez um discurso salientando, entre outras coisas, a necessidade da “instrução popular.”
A escola deve seu nome à “Sociedade Culto à Ciência”, cujos membros, pertencentes à Comissão de Justiça da loja Maçônica Independência de Campinas, decidiram, no ano de 1869, pela criação de um estabelecimento de ensino leigo na cidade. Inaugurado em 1873, como “Colégio Culto à Ciência”, foi dirigido pelos maçons até a dissolução da Sociedade, passando para o poder público em 1892.
O nome da escola é uma referência aos ideais positivistas, pois, para eles, “a razão era o novo guia da humanidade e cultuar a ciência era o mesmo que cultuar a razão”.
O primeiro surto de febre amarela em Campinas, em fevereiro de 1889, obrigou o Colégio a suspender suas atividades, que foram reiniciadas somente em julho daquele mesmo ano. Em 1890 as aulas foram reiniciadas em janeiro mas, o funcionamento da escola foi novamente interrompido pois a febre amarela, que tomou conta da cidade, ainda não tinha sido completamente debelada.
Durante o ano da proclamação da República e no ano seguinte o Colégio não funcionou regularmente, voltando às suas atividades somente em 1891 quando a situação financeira da “Sociedade Culto à Ciência” estava abalada.
O Colégio sempre enfrentou dificuldades financeiras, sobretudo pelo grande número de alunos pobres que não tinham condições de pagar nem a taxa de matrícula e as prestações cobradas aos alunos serem irrisórias. A Sociedade que havia idealizado o Colégio estava mais preocupada, naquele momento de grave crise financeira dele, em assumir o governo da República. Nesse contexto foi realizada a última assembléia da Sociedade, em 24 de dezembro de 1892, na qual ficou decidido que todo seu patrimônio passaria para a municipalidade campineira, para fins únicos de instrução, como previa o artigo 43 de seus estatutos.
O prédio em que funcionava o antigo Colégio ‘Culto à Ciência’” passou a pertencer ao Estado dois anos depois. Conforme Lei nº 284, de 14 de março de 1895, o então governador do Estado, Manoel Ferraz de Campos Salles, criou o Ginásio de Campinas. Instalado e inaugurado em 4 de dezembro de 1896, quando era Secretário do Interior Antonio Dino da Costa Bueno, o ginásio foi instalado no prédio onde funcionara o Colégio Culto à Ciência.
Esse prédio permanece até os dias atuais, e mantém o estilo da arquitetura clássica francesa do século XVII, ainda que tenha passado por algumas reformas.
Segundo o Anuário do Ensino do Estado de São Paulo (1907 e 1908), desde sua fundação até 1908, só se bacharelaram ali 32 alunos, devido às epidemias de febre amarela.
Compunham seu corpo docente, em 1907: Américo Brasiliense Antunes de Moura, catedrático de Português; Bento Ferraz, de Literatura; Dr. João Keating, de Francês; José Stott, de Inglês; Dr. Camillo Vanzolini, de Italiano; João von Atzingeti, de Alemão; Dr. Eduardo Gê Badaró, de Latim; Henrique Augusto Vogel, de Grego; André Perez Marin, de Aritmética e Álgebra; Ernesto Luiz de Oliveira, de Geometria e Trigonometria; Luiz Bueno Horta Barbosa, de Mecânica e Astronomia; Manoel Agostinho Lourenço, de Física e Química; Francisco Furtado Mendes Vianna, de História Natural; Gustavo Enge, de Geografia; Basilio de Magalhães, de História do Brasil e interino de Historia Universal; Dr. Abílio Alvaro Miller, de Psicologia e Lógica. Eram auxiliares de ensino os Srs. José Villdgelnn Junior, professor de Desenho, e Jorge Carlos Guilherme Hennigs, professor de Geometria. Era preparador de Física e Química o sr. Eugenio Buleão.
O número de alunos matriculados no ano de letivo de 1907 foi de 99, com a freqüência média de 88.
No ano de 1942 o ensino secundário foi dividido em dois ciclos: o primeiro, de quatro anos, formando o curso ginasial e o segundo, de três anos, compreendendo dois cursos paralelos: o clássico e o científico. Devido a esse acontecimento, o Ginásio de Campinas passou a denominarse, em 9 de abril de 1942, Colégio Estadual de Campinas.
No dia 4 de dezembro de 1946, o Colégio comemorou cinqüenta anos de existência como instituição oficial. Houve muitas comemorações nessa data e a Associação dos ex-alunos pleiteou a volta à denominação “Culto à Ciência” para o Colégio Estadual de Campinas.
Ocorreu, então, um fato pitoresco. O então governador, Dr. Ademar de Barros, entendendo que Campinas pretendia cultuar a ciência, assinou o decreto nº 17.306 em 17 de junho de 1947, alterando o nome do Colégio para Colégio Estadual “José Bonifácio”, considerando que José Bonifácio representava a homenagem que o corpo docente e toda a cidade de Campinas desejava prestar às ciências. Dessa forma, o Colégio levou o nome de “José Bonifácio” até o dia 1 de julho do mesmo ano, quando o decreto nº 17.350 entrou em vigor dando-lhe a denominação de Colégio Estadual Culto à Ciência.
O Sistema de Informações Educacionais da Secretaria de Estado da Educação indica que o decreto nº 8.761, de 12 de outubro de 1976, apontado no Diário Oficial de 13 de outubro de 1976, altera o nome da escola para Escola Estadual de Segundo Grau Professor Benedito Sampaio. O decreto nº 8.795, de 14 de outubro de 1976, apontado no Diário Oficial de 15 de outubro de 1976, torna sem efeito o decreto anterior, voltando para a denominação de Escola Estadual de Segundo Grau Culto à Ciência.
Conforme resolução nº 12, de 1 de dezembro de 1992, publicada no DOM de 24 de dezembro de 1992:08, o prédio do Colégio Culto à Ciência, situado à rua Culto à Ciência nº 422, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas – CONDEPACC.
Atualmente a escola oferece Ensino Médio (Geral).
Endereço atual:
Rua Culto a Ciência, 422 – Botafogo
Campinas, SP – CEP 130 20060
Telefone (19) 3232.3511
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