No ano de 1906, Luiz Nogueira oficializou um contrato com a Câmara Municipal para a construção de um Mercado na Praça Correia de Mello. Ele pode explorar as instalações durante 20 anos, tempo em que o edifício foi revertido para o patrimônio municipal.
O projeto do mercado foi realizado por Ramos de Azevedo; foi executado pelos empreiteiros "Irmãos Mazzini", sendo o arquiteto Augusto Fried designado por Ramos para a fiscalização das obras e foi inaugurado em 12 abril de 1908, na gestão do prefeito Orosimbo Maia.
Com influência da arquitetura mourisca, o mercado possui um jogo de telhados sobrepostos que permite iluminação e ventilação naturais.
Em 1925, a estação ferroviária "Carlos Botelho" deixou de funcionar no local. Em 1933 recebeu novas reformas parciais e na década de 1970 recebeu ameaças de demolição. Em 1972 e 1973 foi realizada a troca de pisos e azulejos, renovação da pintura, e a construção de um estacionamento.
O mercado hoje é um centro de concentração popular, possuindo uma imensa variedade de produtos à disposição do consumidor.
Em 1996 passou por reforma que recuperou suas características originais, uma vez que o prédio estava já descaracterizado.
O prédio foi tombado em 1982 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) e, em 1995, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc).
No final de 2005, sua fachada foi pintada, seu telhado reformado, os toldos dos boxes trocados e , assim como as platibancas, padronizados; o estacionamento passou a ser automatizado e ganhou novas vagas.
O Mercado recebeu, também, nova comunicação visual, projeto paisagístico, processo de higienização, e recapeamento asfáltico. Na área em que está instalado funcionava um entreposto onde o açúcar levado ao Porto de Santos era depositado.
Nas proximidades ficava a estação Carlos Botelho, local no qual o trem parava para recolher as sacas. Por ali circulavam também bondes e charretes, que davam um charme próprio ao local. A região era ponto de “footing” dos jovens da época.
O Mercadão foi também, durante bom tempo, ponto de encontro de jornalistas e intelectuais da cidade que se reuniam para apreciar os petiscos, pastéis e bolinhos de bacalhau vendidos ali e, invariavelmente, se transformava em palco para discussão dos grandes temas nacionais e municipais.
O Mercado Municipal de Campinas situa-se à rua Benjamin Constant, s/n. - Centro - Campinas - SP.
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