20 de fevereiro de 2011

Personagem: Wilson Brandão Tóffano – Aniversário de Falecimento


Nasceu em Jaú, SP, em 17 de março de 1919.

Formou-se pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” de Piracicaba e pela Faculdade de Direito da Universidade Católica de Campinas. Quando estudante em Piracicaba era orador do Centro Acadêmico “Luiz de Queiroz”.Tinha diversos certificados de cursos de extensão universitária e conhecedor de diversos idiomas, iniciou suas atividades como professor de Aritmética e Português em Jaú.


Licenciou-se em Biologia Educacional, obtendo o primeiro lugar em concurso (1952-1953); doutor em Ciências pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (1974); foi regente da cadeira de Fitopatologia e Microbiologia dessa instituição e professor de História em colégios de Campinas.Veio trabalhar com o Dr. Spencer Corrêa de Arruda, na então Seção de Fitopatologia Aplicada do Instituto Biológico, em Campinas (1947).


Em junho de 1972 foi eleito “imortal” da Academia Campinense de Letras, sendo empossado na cadeira de número 4, chegando a ocupar a sua Presidência.


Autor de “Gotas de Orvalho”, escreveu poemas épicos, líricos e patrióticos.No Instituto Biológico ocupou os cargos de Diretor da Divisão de Experimentação Agrícola e Chefe da Assessoria Técnica de Programação.
Em 1977 fez referências ao Cinqüentenário da Instituição, contando a sua história, organização e programas de pesquisa. Passados sete anos (1984) e já aposentado, é solicitado a escrever um artigo em alusão ao jubileu de ouro da Revista “O Biológico”.Homem de altura, em seu sentido mais amplo, conhecia profundamente, a gloriosa história do Instituto Biológico, respeitava-a como cientista e escritor eternizava novas memórias.


Suas palavras nos levam a reflexão: “Ninguém caminhará seguro nos dias de amanhã, se não guardar bem os dias de hoje e os que passaram. Assim como as torres do que há de vir estão fixadas no que está, as torres do que está se escoram nas bases do que ficou.


Povo que não sabe olhar para trás, tampouco saberá olhar para frente”. O ensinamento que nos deixa é para não esquecer que os pioneiros abriram estradas. Aos que vierem compete torná-las cada vez mais transitáveis.


Entre os colegas de trabalho trazia sempre alegria, com o seu bom humor e gosto para contar algumas piadinhas. Aposentou-se em 1981.Tóffano deixou gravado em nossas mentes sua imagem de companheiro profundamente humano e leal, trazendo muito orgulhou ao corpo técnico-científico do Instituto Biológico.


Faleceu em 20 de fevereiro de 1987.

Um comentário:

C. disse...

Não foi citado que além de tudo isso, ele foi um excelente avô, inspiração para tantos netos que herdaram o dom da oratória desse grande homem que deixou saudades com seu falecimento, que lembro até hoje, quando eu tinha 9 anos, deixando uma imagem de uma pessoa doce, justa e sempre empenhado em criar seus filhos praticamente sozinho, num tempo onde um homem viúvo com 4 filhos não teria tempo de ser tão brilhante como ele o foi. Vô Wilson, sua bênção, fique com Deus!