No dia de seu nascimento; faço uma homenagem à este grande historiador que Campinas teve.
Os dados abaixo foram extraídos do Colégio Brasileiro de Genealogia (CBG) com alguns ajustes.
De uma das mais tradicionais famílias de Campinas, os Souza Campos; terceiro dos seis filhos de Theodoro de Souza Campos e Anna Henriques de Albuquerque Pinheiro, nasceu a 25 de fevereiro de 1903 em Campinas, Estado de São Paulo.
Cursou as primeiras letras no Liceu Salesiano N. Sra. Auxiliadora em sua cidade natal, seguindo depois para o Colégio São Bento, na capital. Graduou-se em Farmácia pela Escola de Farmácia e Odontologia de Pindamonhanga-SP, e em Medicina Veterinária pela Faculdade de Pouso Alegre-MG. Exerceu por um tempo a profissão de farmacêutico em Birigui, zona noroeste de São Paulo, adquirindo aí a Farmácia São Sebastião, e onde também chegou a possuir uma fazenda de café, pelos idos de 1929.
Retornou à sua cidade natal, onde se estabeleceu, comprando a Farmácia Mertz, localizada no Largo do Rosário.
Católico fervoroso, integrou a Irmandade do Santíssimo Sacramento da Catedral, onde participou da administração e foi Provedor. A pedido do Arcebispo, D. Paulo de Tarso Campos, foi Diretor do Museu de Artes Sacras da Arquidiocese de Campinas. Integrante da Mesa Administrativa e Mantenedora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC). Sempre ajudando nas celebrações das missas diárias do Templo Votivo a Jesus Sacramentado.
Dentre outras, foi agraciado com as comendas: Cruz Pro Ecclesia Et Pontífice, pelo Papa João XXIII; Cruz Lateranense de Ouro – 1ª Classe, da Basílica de São João de Latrão de Roma; Grande Oficial da Ordem Eqüestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, da Santa Sé; Cavaleiro da Graça Magistral da Soberana Militar e Hospitalar Ordem de Malta; Cavaleiro da Oficial Ordem do Mérito da República da Itália; Comendador “Ao Mérito Melitense” da Ordem Soberana e Militar de Malta; Cavaleiro da Ordem de Saúde Pública da República da França; Ordem da Estrela da Solidariedade Italiana; Cruz de Don Juan Lindo, do Instituto Brasil-Honduras – e outras mais.
Participante de diversas associações de humanitárias: Sociedade dos Amigos da Cidade de Campinas, Guardinha – Associação de Educação do Homem de Amanhã; Associação Brasileira de Amparo aos Leprosos; Lar Escola Maria Ângela; Asilo dos Inválidos de Campinas, onde era sócio benemérito; Cruz vermelha Brasileira – também sócio benemérito; Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde era irmão Remido; Cruzada Assistencial Paulista, que lhe outorgou Medalha da Caridade; e outras.
Membro de inúmeras instituições culturais, dentro as quais citamos: Academia Campinense de Letras – fundador e secretário geral na primeira diretoria, eleita em 1956; IHGSP – Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, que conferiu o Colar de D.Pedro I em 1980; Instituto Genealógico Brasileiro – membro do Grande Conselho; PEN Club de São Paulo; Sociedade Geográfica Brasileira – que lhe concedeu a Medalha da Ecologia em 1980; Associação dos Cavaleiros de São Paulo; Clube dos 21 Irmãos-Amigos, sociedade cívico-cultural de estudos do conhecimento dos estados brasileiros; Instituto Genealógico da Bahia; Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas.
Associou-se ao Colégio Brasileiro de Genealogia (CBG) em 30.03.1962. Considerado um dos grandes conhecedores da história de Campinas, entre seus trabalhos destaca-se a consistente participação na Monografia Histórica do Município de Campinas, editada em 1952 pela Câmara Municipal da cidade, tendo sido Presidente da Comissão Executiva do projeto e principal colaborador, escrevendo sobre a História da Fundação de Campinas, Titulares do Império, A Cultura do Café. São, também, de sua autoria: Monografia Histórica da irmandade do Santíssimo Sacramento da Catedral – 1847-1947; A vida religiosa de Campinas – em colaboração com J. L. Rodrigues, 1947; Campinas em Pedra e Bronze; A Família Souza Campos – Revista Genealógica Brasileira nº 2, 1940; Centenário do nascimento de Campos Salles – mesma Revista, nº 3.
Depois de seu falecimento (a 3 de fevereiro de 1992 em Campinas-SP), por vontade testamentária, seu arquivo particular, biblioteca e mobiliário foram doados e incorporados ao Centro de Memória da UNICAMP (CMU) – Universidade de Campinas.
Além da bela biografia acima citada; publico abaixo outra bela matéria da professora e jornalista Célia Siqueira Farjalatt; publicada no jornal Correio Popular, de anos atrás.
Abaixo sua última morada; no Cemitério da Saudade em Campinas.
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