O
veterano Paulo Barros Camargo, 96 anos, participante da Revolução
Constitucionalista de 1932, faleceu neste 11 de outubro de 2012, em Campinas,
de causas naturais. Havia internado há dez dias no Hospital Evangélico
Samaritano. Camargo era viúvo e deixa quatro filhos e cinco netos.
Nascido em Pederneiras, SP, com apenas
16 anos comandou o quartel de Limeira (SP). Apesar da pouca audição e baixa
mobilidade, que o obrigava a se locomover em uma cadeira de rodas, o ex-soldado
se mostrava lúcido e contava detalhes da insatisfação dos paulistas contra o
governo de Getúlio Vargas à época da revolução.
Atualmente, o veterano morava no bairro
Nova Europa, em Campinas, em uma residência que abrigava em suas paredes parte
da história dos revolucionários. Centenas de objetos com alusão à data estão
penduradas por toda a casa - entre eles fotos, diplomas de honra ao mérito,
réplicas de armas, bombas, oratórios, imagens de santos, capacetes, medalhas,
cópias de documentos, entre outras preciosidades. Camargo lutava para a
preservação da memória do movimento do qual participou.
Seu corpo foi velado e sepultado, em 12
de outubro de 2012, no Cemitério da Saudade, em Campinas. Durante o velório policiais militares que pertencem ao Núcleo MMDC Campinas, se vestiram com a réplica da farda utilizada pelos na revolução. Na entrada do local, um
mausoléu homenageia todos os ex-combatentes da Revolução Constitucionalista.
Acima Paulo Barros Camargo e José Eduardo Gagliardi Florence Teixeira ("nosso eterno embaixador da cultura em Campinas") quando do evento no Mausoléu do Soldado Constitucionalista em 9 de julho de 2012.
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