Preservação da memória histórica de Campinas, SP, Brasil; pela catalogação ordenada de sua História, fotos, documentos antigos e de tudo aquilo que possa ajudar na preservação desta. Espaço aberto à todos que têm interesse no assunto e está em constante atualização. Aberto à receber material via internet ou por correio para aumentar minha biblioteca, hemeroteca e fototeca sobre o assunto. (jmfantinatti@hotmail.com)
28 de fevereiro de 2007
27 de fevereiro de 2007
26 de fevereiro de 2007
Personagem: Bento Quirino dos Santos
Bento Quirino dos Santos nasceu em Campinas, no dia 18 de abril de 1837. Era filho do major Joaquim Quirino dos Santos e D. Manoela Joaquina de Oliveira Santos. Desde cedo começou a trabalhar na vida comercial, tendo o seu estabelecimento no prédio em que hoje funciona a "Escola Politécnica de Comércio Bento Quirino".
Durante a epidemia da febre amarela de 1889, Bento Quirino prestou tantos serviços à cidade que a população mandou colocar na fachada de seu estabelecimento e residência uma placa comemorativa (na Rua Sacramento, esquina com Benjamin Constant).
Bento Quirino foi extremado propagandista da República, e eleito vereador pelo Partido Republicano na época da Monarquia. Fundou a "Santa Casa de Campinas", onde auxiliou o Padre Vieira. Foi diretor da Companhia de Iluminação a Gás.
Bento Quirino também foi um dos fundadores do "Colégio Culto à Ciência" e da "Companhia Campineira de Água", além de presidente da "Companhia Mogiana" e sócio benemérito de todas "Associações Campineiras".
Bento Quirino morreu em 26 de dezembro de 1914, tendo sua memória vinculada às mais úteis instituições locais. Grande parcela da sua fortuna foi destinada à fundação do "Instituto Profissional Bento Quirino", e à manutenção da "Escola Técnica de Comércio Bento Quirino" (que hoje funciona em sua antiga residência), orfanatos, hospitais, maternidades e "Creche Bento Quirino".
O Monumento a Bento Quirino situa-se na Praça Antônio Pompeo. Ele foi inaugurado em 18 de abril de 1914, no saguão do "Instituto Profissional Bento Quirino", e depois foi transferido para a Praça Antônio Pompeo, no dia 18 de abril de 1937, quando foi comemorado o centenário do seu nascimento.
As fotos abaixo, mostram seu túmulo em Campinas. Faleceu em 26 de dezembro de 1914.
25 de fevereiro de 2007
Curiosidades: Campinas - Terra das Andorinhas
24 de fevereiro de 2007
Monumento: 1872 - Estação Central de Estradas de Ferro
Aquarela de Jose de Castro Mendes.
Sem dúvida um dos monumentos de preservação histórica mais fotografado no passar dos anos. A estação central da antiga Companhia Paulistas de Estradas de Ferro (hoje incorporada à FEPASA) foi sempre um dos justificados orgulhos da paisagem urbana de Campinas. Portanto aqui você verá uma coleção de fotos desde do século XIX até os tempos atuais.
Foi inaugurada em 1872, e na época, embora diferente e menor do que o prédio atual, já era a maior das quatro estações da ainda curta linha da Cia. Paulista. Em 1884, esse prédio foi desativado, tendo sido inaugurado nesse mesmo ano um novo prédio, que sobrevive até hoje.
O novo prédio foi construído sobre o leito original dos trilhos, em frente à antiga estação; inicialmente, foi construída apenas o que é hoje a parte central da estação.
Entre 1910 e 1915, um segundo corpo foi construído na ala oeste, além de ter sido instalada a cobertura da entrada principal com estrutura metálica, que aliás existe até hoje.
Finalmente, na década de 1920, acrescentou-se todo o segundo pavimento da ala leste e o segundo andar da extremidade oeste, onde existem a sala de bagagens e a sala 67.
Uma nova gare foi construída, com cobertura metálica e mais alta, por causa da eletrificação da linha, em 1922. Mais algumas pequenas alterações foram efetuadas nas décadas 1930 e 1940. A estação da Paulista de Campinas servia ainda, a partir de 1913, como baldeação para a linha da Sorocabana, que vinha da sua própria estação em Vila Bonfim e seguia para Mairinque. Servia também como baldeação para os passageiros que se dirigiam para a linha da Mogiana, para o norte e nordeste do Estado.
Em 1984, a estação, em meio a festas pelo centenário do prédio, sofreu uma grande reforma, dois anos depois de ser tombada pelo Patrimônio Histórico (Condephaat). Hoje estas duas ramificações não mais existem, as linhas das antigas Sorocabana e Mogiana tiveram suas partidas transferidas para a estação de Boa Vista, fora da cidade.
Hoje infelizmente a estação está desativada e é usada pelo poder público como área cultural.
Por ser um monumento da história de Campinas, sempre foi usado pelos artistas como tema de suas inspirações e assim retrataram ao longo dos tempos.
A foto abaixo é do Natal de 2006.
23 de fevereiro de 2007
Personagem: Dr. Arnaldo (Augusto Vieira de Carvalho)
Iniciou-se oficialmente em 1905 tendo como 1º Diretor o famoso Prof. Dr. Arnaldo Augusto Vieira de Carvalho, “O Príncipe da Cirurgia”, autor da célebre Gastrectomia total, a 5ª praticada no mundo, com absoluto êxito.
Em 1915, com a recém criação da Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo há 3 anos e tendo como Diretor da mesma o grande mestre Arnaldo, foi realizado um acordo com a Santa Casa para que várias de suas enfermarias fossem utilizadas pelos Acadêmicos, incluindo-se aí a 1ª Clínica Cirúrgica de Mulheres, acordo este que vingou até 1945.
Em 1920, tem morte prematura o Prof. Dr. Arnaldo A. V. de Carvalho.
Em sua homenagem, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo é denominada a "Casa de Arnaldo" e a avenida onde está localizada recebeu o nome de Av. Doutor Arnaldo, isto na capital paulista. Em sua cidade natal, Campinas, a rua Arnaldo de Carvalho, no bairro do Bonfim, faz homenagem ao mesmo.
22 de fevereiro de 2007
Personagem: Mestre Tito e Ana Gonzaga
Mestre Tito morre aos 82 anos, antes de ver a Capela de São Benedito pronta e sua conclusão é providenciada por Dona Ana de Campos da Paz Gonzaga, esposa de um médico que dedicou sua vida e sua fortuna a obras de beneficência.
21 de fevereiro de 2007
Personagem: Mariusa Helena Fantinatti da Silva
20 de fevereiro de 2007
Personagem: Joaquim Corrêa de Mello
Foi o Cirurgião-Mór Francisco Álvares Machado de Vasconcelos, designado para exercer a função na Villa de São Carlos, e que reconhecendo no jovem Mello uma capacidade singular, conduzindo-o à Campinas para adquirir prática em seu estabelecimento, e que depois, em 1834, foi ao Rio de Janeiro, para freqüentar o curso regular de farmácia.
"De volta à Campinas em 1836. o illustre parlamentar offereceu-lhe sociedade na botica emquanto ia á Corte trabalhar pelo Brazil. Durante os vinte annos seguintes continuou na faina cotidiana das manipulações chimicas, exercitando-se, ao mesmo tempo, na cura gratuita especialmente das creanças, em que se tornou insigne, assim como na aplicação da medicina popular da nossa materia medica da flóra inexgotável e mysteriosamente desconhecida do Brazil. Lentamente foi colligindo factos e observações de pathologia e os effeitos beneficos obtidos pelos curandeiros, que, com boa critica, foi annotando até se accumular o repertório de medicina doméstica que appareceu editadq, sob o escudo do diploma doutoral do dinamarquez dr. Langgaard. O dr. Theodoro Langgaard era um destes espíritos vastos e observadores vindos do estrangeiro no meiado do século, se congregaram em Campinas numa pleiade ilustre entre os quaes enumeramos: Hércules Florence e o dr. Ricardo O'Connor Gumbleton Daunt. Todos, ao lado de Joaquim Corrêa de Mello, elaboravam alevandos problemas scientificos, quer nas sciências naturaes e médicas e históricos, cujos especimens ora davam em resultado no Diccionario de Medicina Popular - ora em excavações de inéditos, como a Geneaologia Paulista, offerecida pelo Dr. Ricardo e editada pelo Instituto Historico do Rio; ora em experiências chimicas como as feitas em collaboração com Hercules Florence sobre a photographia" . Assim foi descrito, na gramática da época, no Diário de Campinas, em abril de 1899.
Nas atas manuscritas da Câmara Municipal de Campinas de 1840 a 1870 assinalaram tantos gestos de benemerência e humanitarismo do “Joaquinzinho Boticário” ou “Joaquinzinho dos Pobres”, como era conhecido pela população.
Além de Delegado de Polícia, da época, atuou também como Juíz de Paz e de Órfãos por muitos anos e integrou, ainda, Comissões várias de cidadãos constituídas pela Câmara.
Ainda dentro destes atos de benemerência, este ainda fez criar a Sociedade Beneficente Corrêa de Mello que data de 04/02/1862, muito antes, portanto de que se cogitasse na velha Campinas de uma Santa Casa de Misericórdia e de uma Sociedade Portuguesa de Beneficência. Esta sociedade teria a função de atender os mendigos e indigentes.
Na área internacional faz-se ressaltar que, apesar do parco processo de comunicação existente na época, Joaquinzinho Boticário, por ser estudioso e pesquisador das mais raras plantas brasileiras, deveria ter sido cientista de valor, porquanto mereceu ser citado por sábios botânicos inglêses da “Society Linnean” de Londres. Em 1868, Corrêa de Mello, foi surpreendido por um galhardão notabilíssimo a coroar-lhe os esforços na sua luta de investigações com nossas florestas. A “Société Imperiale et Centrale d’Horticulture” da França, votavá-lhe uma linda e preciosa medalha “vermeil”, pela introdução por ele promovida de 21 espécies de “begoniaceas” nos jardins de Paris.
Dom Pedro II, achando-se certa vez numa capital européia, ficou surpreendido quando ouviu elogiosas referências ao botânico paulista, cuja existência ele ignorava. Em Campinas, em 1875, o Imperador teve ocasião de conhecê-lo pessoalmente.
“Foi ele um vulto verdadeiramente acatado entre os cientistas de seu tempo, com esta curiosa circunstância – muito mais conhecido no estrangeiro do que no seu país”. Assim escreveu Leopoldo Amaral em “Campinas – Recordações” de 1927.
E finalmente vale ressaltar que Corrêa de Mello com seus conhecimentos de botânica e química, ajudou à Hércules Florence na pesquisa e que culminou na descoberta da fotografia. Porém ressalte-se que esta primazia acabou não ficando com Hércules Florence pelo fato de não divulgação ao mundo tal pesquisa e descoberta.
Sua morte foi pranteada por toda população da época, mormente pelos humildes. À sua memória mereceu ser reverenciada, pelo povo, com um monumento diferente dos demais e assim foi criada a Escola Corrêa de Mello e que mediante contribuição popular ergueu-se no antigo Largo Jurumbeval. Tal escola neste local já não existe mais; porém ficou o nome, em praça, deste cidadão que muito fez por Campinas e pelo mundo; sendo que hoje dá nome a praça no mesmo local (em frente ao Mercado Municipal).
19 de fevereiro de 2007
Memória Fotográfica: Início do século XX - Hotel de França
18 de fevereiro de 2007
Memória Fotográfica: 1880 - 1900 - Largo de Santa Cruz
17 de fevereiro de 2007
Personagem: Heitor Penteado
Heitor Penteado, como era conhecido, foi quem lançou a pedra fundamental da antiga Maternidade de Campinas, já demolida.
Acima seu túmulo no Cemitério da Saudade em Campinas.
Como homenagem de sua terra natal é nome de avenida que circunda a Lagoa do Taquaral (nome oficial Parque Portugal) e rodovia que liga Campinas ao distrito de Souzas.
16 de fevereiro de 2007
Curiosidades: 1889 - Placa de Gratidão
15 de fevereiro de 2007
Personagem: Senador Saraiva
14 de fevereiro de 2007
13 de fevereiro de 2007
Personagem: Irmã Serafina
Está transcrito no Livro de Óbitos número 1 do Cartório de Santa Cruz de Campinas, o registro 441 (quatrocentos e quarenta e um):
“Maria dos Seraphins Favre – Aos 15 de abril de 1889, neste Distrito de Paz da Paróquia de Santa Cruz, município de Campinas, província de São Paulo, compareceu em meu cartório Antônio Exel, exibindo atestado do Dr. Ângelo Simões, declarou que hontem, pelas 9 horas da noite, na Santa Casa de Misericórdia, faleceu a Irmã de Caridade Maria dos Serafins, de 44 annos de edade, religiosa de São José.”
“Em tributo às virtudes dos chamados mártires da caridade e abnegação que, no desenrolar da horrível peste, dizimou a população desta cidade, caíram vítimas de sua devoção e salvação de seus conterrâneos”. Com estas palavras os vereadores Dr. Ricardo Gumbleton Daunt, Oto Langgaard e José de França Camargo, na sessão de 01/07/1889, propuseram que se homenageasse à memória da Irmã Serafina, dando seu nome à antiga rua Sete de Setembro e que ficava próxima à Santa Casa.
11 de fevereiro de 2007
Memória Fotográfica: década de 1910 - A cascata do Jardim Público
Foto acima é de 1920 e abaixo é de 1911.
A pintura abaixo é de José de Castro Mendes e mostra como era em outro ângulo; a cascata.