Preservação da memória histórica de Campinas, SP, Brasil; pela catalogação ordenada de sua História, fotos, documentos antigos e de tudo aquilo que possa ajudar na preservação desta. Espaço aberto à todos que têm interesse no assunto e está em constante atualização. Aberto à receber material via internet ou por correio para aumentar minha biblioteca, hemeroteca e fototeca sobre o assunto. (jmfantinatti@hotmail.com)
31 de outubro de 2006
30 de outubro de 2006
Personagem: César Bierrenbach
Orador, Jornalista, Advogado. Nasceu em Campinas no dia 07 de abril de 1872 e faleceu inesperadamente, suicidando-se, no Rio de Janeiro no dia 02 de Julho de 1907. Orador dos mais brilhantes, tribuno por excelência e lente catedrático do tradicional Ginásio Culto à Ciência. Tendo sido um dos oradores na inauguração, 1906, do monumento-túmulo de Carlos Gomes.
César Bierrenbach e suas irmãs, quando criança.
Fundador e primeiro secretário do Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas. Era "uma lira e uma tempestade" na expressão de Álvaro Muller. Escreveu: "Manifesto em favor da independência de Cuba" - São Paulo, 1896 e "Brasílio Machado" (estudo biográfico); "Produções Literárias", obra póstuma em dois volumes.
Por haver nela residido e vivido o cidadão Inácio de Góis, a rua tinha o nome de “rua do Góis” e que perdorou por 60 anos e tendo sido calçada com pedras em 1883.
O comércio de Campinas dirigiu ao Presidente da Edilidade Campineira, dr. Antônio Alves da Costa Carvalho, um abaixo-assinado datado de 12 de dezembro de 1907, solicitando que o nome do notável tribuno César Bierrenbach fosse dado à “rua do Góis” e que havia falecido a pouco tempo atrás.
Em 06 de março de 1908, o prefeito Orosimbo Maia, sancionou o ato que dava àquela rua a denominação de rua César Bierrenbach, que fica na área central de Campinas.
Acima, lápide de seu túmulo na via principal do Cemitério da Saudade. Está sob uma frondosa pitangueira; quais frutos podem serem vistos nesta foto recente.
29 de outubro de 2006
Curiosidades: 1909 - O Primeiro Automóvel
Foi uma surpresa para quem caminhava pelas calçadas da rua Barão de Jaguara em uma manhã de 1909: um Fiat 1901 tossia à frente do Bar Cristofani, dirigido por uma dama, que estacionou o veículo, desceu e comprou um maço de cigarros. O nome dela as crônicas da época nunca registraram. Entre 1913 e 1915, o número de veículos a motor subiu de 71 para 4411.
28 de outubro de 2006
Curiosidades: 1912 - Eletrificação dos bondes em Campinas
A inauguração da eletrificação do transporte por bondes em Campinas se deu em 23 de junho de 1912. A empresa resposável foi a Companhia Campineira de Tração, Força e Luz. Os veículos, de fabricação norte-americana J.G.Brill, tinham bitola de 1 metro, e dez bancos em platéia com lugar para pessoas em cada um. As linhas eletrificadas iniciais eram: Estação, Hipódromo, Ginásio, Frontão, Fundão, Vila Industrial e Guanabara.
27 de outubro de 2006
Memória Escrita: 1903 - Monographia de Campinas por Christiano Volkart
Publicado em 1903, centenário portanto, pela typographia a vapor Livro Azul (Castro Mendes & Irmão) e organizado por Christiano Volkart.
Christiano Volkart foi Professor Normalista e director do 1º. Grupo escolar (na época Grupo Escolar Francisco Glicério; hoje EE Francisco Glicério) tendo sido nomeado em 03 de março de 1897. Hoje seu nome está fixado na História através da Escola Estadual Cristiano Volkart situada no bairro Nova Campinas, tradicional bairro por sinal.
Como cita na obra; o material era “para uso dos alumnos de Intrucção Preliminar” e com certeza deve ter sido nas escolas. Nele você pode ver pelas imagens abaixo que trata de vários assuntos e é uma boa fonte de consulta sobre dados de Campinas do início do século XX. Algumas fotos também retratam fatos da cidade; além destas mesmas fotos demonstrar a rica qualidade de publicação, Pois não podemos esquecer que isto foi a mais de cem anos.
Boa diversão e viaje pelo tempo que não volta mais.
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Após esta página existem outras tantas com fotografias raras de personagens; as quais serão usadas futuramente dentro deste espaço que procura que procura colocar para o mundo o passado histórico de Campinas.
Acima a contra-capa final da "Monographia de Campinas", por sinal um papel ricamente desenhado em baixo relêvo.
26 de outubro de 2006
Curiosidades: 1916 - Mapa do Município de Campinas em manuscrito
25 de outubro de 2006
Memória Fotográfica: Década de 1900 - Prédio da Intendência
24 de outubro de 2006
Curiosidades: 1892 a 1920 - Construções no Centro
23 de outubro de 2006
Memória Fotográfica: 1896 - A Cadeia Pública
22 de outubro de 2006
21 de outubro de 2006
20 de outubro de 2006
19 de outubro de 2006
18 de outubro de 2006
17 de outubro de 2006
16 de outubro de 2006
Curiosidades: 1905 - Colyseu Taurino Campineiro
Sim; por influência da imigração européia no início do século XX. Inaugurado em 1905, entre as ruas Ferreira Penteado e Antônio Cesarino, o Colyseu Taurino Campineiro foi o cenário de apresentações de toureiros de nome nacional na época.
15 de outubro de 2006
Curiosidades: 1842 - Combate de Venda Grande
Num pedaço de Campinas que vai aos poucos ganhando urbanização, quase nas bandas do subdistrito de Barão Geraldo e antiga área da Fazenda Santa Genebra, logo após o Campo dos Amarais e o COTICAP, Colégio Técnico Industrial “Conselheiro Antonio Prado”, um marco pouco visível indica o local onde em 7 de junho de 1842 ocorreu o combate da Venda Grande.
Combate, em Campinas?
Sim, exatamente isso! Um combate no qual as tropas imperiais derrotaram forças rebeladas, num movimento deflagrado na Província de São Paulo, sob o comando do brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar. Foi o ponto derradeiro da Revolução Liberal que também teve o Padre Diogo Antonio Feijó como um de seus líderes e eclodiu em Sorocaba, principal centro da revolta contra o Ministério.
O marco, erigido em 1956 por iniciativa do Departamento de História do Centro de Ciências Letras e Artes de Campinas, pretendeu assinalar com a data gravada e dizeres breves ("Combate de Venda Grande - 7-6-1842") tudo aquilo que teve um epílogo que estremeceu a gente do seu tempo e ceifou vidas em inúmeras famíIias campineiras.
Pouco divulgado e bem pouco conhecido, o episódio de Venda Grande vai permitir, reproduzir o campo da operação bélica o quanto possível dentro do cenário existente nos dias em que Boaventura do Amaral tombou morto sob o assédio e o fogo dos comandados do coronel Amorim Bezerra, que o então Barão de Caxias mandou vir atacar os paulistas em armas.
Um quadro a óleo de um dos pintores "Dutra", conservou a imagem do prédio, construído provavelmente em 1.802. Seu proprietário e possível construtor, major Teodoro Ferraz Leite, já era falecido por ocasião do combate, quando o casarão estava abandonado e fazia parte do espólio em inventário.
No térreo situavam-se os serviços e no andar superior residia a família do riquíssimo Teodoro Ferraz Lelte, senhor de engenho casado em segundas núpcias com a mulher que, na época, era considerada a mais bonita e a mais gorda de Campinas (Dona Maria Luiza Teixeira). Era o local conhecido no tempo como o "Sítio do Teodoro" ou "Venda Grande".
O depoimento dos antigos davam conta de que o capitão Boaventura do Amaral e muitos dos seus companheiros feridos por ocasião do ataque do exército imperial, morreram naquele edifício.
Quem pretender conhecer onde fica o "cemitério da guerra" lamentavelmente não encontrará muita coisa; pois este passou a ser mera referência, porque, em verdade, houve mortos sepultados em torno da Venda Grande, depois removidos para locais não identificados. Mas o respeito popular ainda ocasiona manifestações que se traduzem no freqüente aparecimento de velas e imagem junto ao marco instalado pelo Centro de Ciências Letras e Artes.
O movimento liberal ergueu-se contra os conservadores, que estavam no poder, em 1842. Os motivos, segundo Washington Luis, que foi também notável historiador, resume-se no seguinte: "As leis da reforma judiciária, criadora do Conselho de Estado, atentavam contra a Constituição do País, violando o Ato Adicional.
O golpe de estado de "maio de 1842, que dissolveu a Câmara dos Deputados, em sua maioria contra o governo, amputara à oposição o recurso legal". Os conservadores estavam no poder desde março de 1841, sendo presidente da Província de São Paulo, o baiano Barão de Monte Alegre. Os liberais estavam exasperados, e em São Paulo projetaram depor o presidente, e aclamar o brigadeiro Rafael Tobias Barreto para o cargo. O movimento foi chefiado pelo senador Feijó, já muito idoso e doente.
Assim ele descreve o exato momento em que se deu o confronto entre as tropas governistas e os rebeldes, segundo o relato de um dos combatentes liberais (aqui é usado português da época):
"Fomos sorprehendidos sem que tivessem ainda chegado Reginaldo (de Moraes Salles) com os da Limeira. Esperavamos descançados e dispersos, alguns mesmos em profundos somno no velho sobrado e dependencias, quando assomou no alto do pasto, em nossa frente, a cavallarIa inimiga, comtra a qual logo que pudemos apontar duas pecinhas de difícil manobra nos taes carretões de arrastar madeira, bem ou mal, mandámos o nosso primeiro pelotinho de calibre 4, que nos pareceu dar com alguns em terra, pois estavam distantes.
Mal sabíamos, porém, que só chamavam para aquelle ponto a nossa attenção, fingindo cahir; o que queriam era que pelo flanco, todo em capoeira, nos viessem até quasi á retaguarda os periquitos do Bezerra.
E, de facto, quando demos por elles, foi já pelo relampear das bayonetas, e pelas cerradas descargas sobre o grupo dos nossos poucos que puderam tomar as armas em desordem e rodera bravamente as duas pecinhas, cujos tiros não iam tão apressados como desejavamos, pela simples razão de não termos artilheiros, sendo o melhir que tinhamos o Chico de Barros,que o sr. Mateus conhece, o Camarada do Vicente Leite. O Boaventura (do Amaral) e o Vianna ainda assim faziam os impossiveis, secundados com denôdo por companheiros como Luiz Aranha, capitão Silva, (o nosso Chico Rato) parente de vosmeces, e outros bravos, cujos nomes agora me passam do sentido, mas que direi ainda.
Tinham já dado uns 8 tiros, pois iam acertando com a pontaria, quando o granizo das nutridas descargas dos negrinhos começou a dar sério, ora n’um ora n’outro dos nossos, que nenhum troco podiamm dar de fuzilaria, pois só então verificariam nada valerem as suas espingardinhas de caça, em frente as reiunas de formidável adarme e alcance de 400 passos e mais, rapidamente manejadas, como estavam”.
Outro momento marcante do relato é o da nomeação dos mortos no combate:
“o bravo e generoso Boaventura, deixando numerosa família; o valente e atrevido Antonio Joaquim Vianna; o destemido Negueime, primo de Joaquim Bonifácio; o João Evangelista Monteiro, primo de Juca de Salles; o João Francisco, alfaiate, official do Cezarino e um camarada do Bittencourt, cujo nome não me ocorre”.
14 de outubro de 2006
Monumento: 1889 - Placa de agradecimento
Esta pequena placa em mármore encontra-se encravada na rua Sacramento com rua Benjamin Constant e no meio da selva de pedra e fica para sempre a marca de episódio muito triste para cidade, como foi a epidemia de febre amarela e que dizimou muitas vidas.
Curiosamente ela passou pelos anos e século incólume em seu lugar.
Abaixo pode-se ver o local d'onde encontra o citado monumento, se assim o podemos chamar. Vê-se na foto em seu lado esquerdo.
13 de outubro de 2006
Personagem: Manoel Luís Osório (General Osório)
1808 - em 10 de maio nasce na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, atual município de Tramandaí – RS e é batizado em 23 de maio.
1821 ou 1822 – Muda-se para a povoação do Sal, na então Província Cisplatina e marcha, ao lado do pai, para combater as tropas rebeldes de Montevidéu.
1864 a 1865 – Campanha no Uruguai. É nomeado Comandante-em-Chefe do Exército Imperial, assumindo o comando em 1 de março de 1865, malgrado ser o oficial mais moderno.
12 de outubro de 2006
Personagem: Francisco Glicério de Cerqueira Leite
Com a morte do pai, em 1861, ele não ingressa na Faculdade de Direito, ao contrário de seu irmão mais velho Jorge Miranda. Trabalha como tipógrafo, professor de primeiras letras e escrevente de cartório, até obter o título de advogado provisionado, quando começa a prosperar. Ingressou no Clube Radical de São Paulo em 1867 e no Clube Republicano de Campinas em 1872.
Republicano e abolicionista, Francisco Glicério foi o companheiro de Quintino Bocaiúva, Benjamin Constant e Ruy Barbosa, na jornada de quinze de novembro de 1889. Campos Salles estava em São Paulo, donde só deveria chegar no dia 17. Curiosa e difícil de apreender a figura de Glicério. Rábula em Campinas, foi sempre o cabo dos cabos eleitorais, a maior força das urnas em seu Estado.
Campinas era a meca da República. Ninho de Estadistas, ali moravam, ou lá se reuniam, os grandes personagens da futura república. Mas nem Prudente de Moraes, com a sua austeridade, nem Bernadino de Campos, com sua audácia dinâmica, nem Campos Salles, com sua eloquência enfática, atrás da qual avia contudo, um grande senso das realidades, nem Jorge de Miranda, com o seu desapego às posições, que lhe dava entre os companheiros de propaganda republicana a limpidez de um diamante que desenha um engaste, nenhum deles pode jamais competir em popularidade, ante o povo, e em eficiência antes os companheiros, com o modesto leguleio do foro campineiro.
Ao tempo da propaganda Republicana era Glicério a grande figura de São Paulo. Outros os excederiam sob vários aspectos, nem ninguém se lembraria de negá-lo. Mas, pelo conjunto de autoridade que só ele era capaz de consertar nas mãos, pelas rivalidades pessoais que delia, pela multiplicidade de amigos que aproximava, Glicério era a encarnação visível do partido Republicano Paulista. Vivendo para os outros, Glicério nunca soube viver para si. Escolhendo o fazer-se amar, qualidade negativa nas democracias, nunca soube fazer-se temer, talismã de vitória nos regimes populares. Paupérrimo sempre, da advocacia com que procurava ganhar o pão, o interdito proibitório contra qualquer aspiração. E o mais esforçado, o mais prestigioso, o mais eficaz dos propagandistas de São Paulo, teve de morrer com esta mágoa: nunca se lembraram dele para exercer o governo em sua terra.
Em 1888, quando agravava-se o estado de saúde de Dom Pedro II, que estava na Europa, Francisco Glicério leu, num comício em Campinas um manifesto do Diretório de São Paulo, propondo que no caso da morte do imperador, o povo fosse convocado para dizer se queria o 3° Reinado, com a Princesa Isabel, ou um novo regime, repetindo o que já fizera a câmara Municipal de São Borja.
Francisco Glicério, um dos convencionais de Itú, chegara a conclusão que a Monarquia só cairia pela união de forças dos republicanos e dos militares, atitude essa que Quintino Bocaiuva discordava, por achar ser isso precipitação.
Em 1° de fevereiro de 1890, Francisco Glicério foi convidado pelo governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca, para ocupar a pasta da agricultura. Gozando da estima pessoal de Floriano Peixoto, auto-didata inteligente, sagaz, maneiroso, paciente, que soubera abrir brilhantemente o próprio caminho, num meio de plutocratas rurais, como era São Paulo, Francisco Glicério tinha as virtudes precisas para dirigir, entre mil escolhos diários, a espécie de caravançará partidário que construíra.
Glicério era o “general das Brigadas” (a representação parlamentar dos vinte Estados e do Distrito Federal), justificando, assim, pela primeira vez, os bordados de general honorário, que Governo Provisório lhe concedera, como aos seus outros ministros.
.............Foto de quando Ministro da Agricultura em 1901
Como Ministro da Agricultura, Glicério opos-se á concessão de garantias de juros para a construção do Porto das Torres, solicitada por um amigo íntimo de Deodoro. Como o Marechal insistisse, o Ministro pediu demissão, que não foi aceita.
O prestígio eleitoral de Glicério era tão forte, que em agosto de 1888, em pleno regime monárquico, o seu nome foi apresentado pelo Partido Republicano á uma vaga no senado, logrando a maior votação, ou seja, o dobro do seu opositor, não sendo porém o sido escolhido pelo seu Imperador.
Quando, em 1897 explodiu a revolta da Escola Militar do Rio de Janeiro, cujos os cadetes navegavam-se a entregar as armas e munições ali guardadas, que seriam enviadas ao Rio Grande do Sul, onde se anunciavam novos movimentos dos Federalistas, J. J. Seabra propôs na Câmara dos Deputados a formação de uma Comissão para se congratular com Prudente de Moraes. Glicério foi contra a proposta, que foi derrotada por 86 x 60 votos. Glicério, líder do Governo, dissera que se opunha à moção porque a Escola Militar era o reduto das glórias republicanas. Prudente rompeu com Glicério. Artur Rios renunciou à presidência da Câmara dos Deputados. Glicério reuniu seus companheiros para a escolha do próximo candidato à Presidência da República, tendo sido escolhido o Lauro Sodré, que disputou com Quintino Bocaiuva e Julio de Castilhos.
Glicério era homem de grandes horizontes, e preocupado com o ensino – ele nunca pisara numa escola, deu valioso apoio a miss Browe, que propunha a formação de uma Escola Modelo, ponto de partida para a reforma do ensino, até então em moldes arcaícos. Essa escola foi realizada e se transformou na Escola Normal da Praça da República berço de tantos professores ilustres que tornaram o ensino paulista um dos melhores do país.
Glicério, carregando o caixão, no enterro de Campos Salles em 1913
A figura de Francisco Glicério, no cenário nacional, popular que sustentou a nova República. A sua vóz autorizada evitou que Floriano Peixoto, que assumira a Presidência da Republica em substituição ao Marechal Deodoro, num momento de greve e crise, estende-se a São Paulo as medidas coercitivas utilizadas severamente em outros Estados.
Homenageando a grande figura do republicano; os vereadores dr. Salvador Leite de Camargo Penteado e Antônio Álvaro de Souza Camargo, na sessão de 25 de novembro de 1889, propuseram que se troca-se o nome da rua do Rosário para rua Francisco Glicério, que futuramente passaria a ser uma avenida. Sendo atualmente via central da cidade de Campinas, onde se encontram a maioria dos bancos.
Francisco Glicério de Cerqueira Leite faleceu no Rio de Janeiro, a 12 de abril de 1916.
No Cemitério da Saudade, em sua terra natal - Campinas, o túmulo de Francisco Glicério possui registros do projeto e da lei que deliberou a construção pela Câmara Municipal, em 1920. Está localizado na alameda principal do cemitério.
11 de outubro de 2006
Monumento: 1927 - Monumento do Café
Foi colocado no Largo do Pará pela Comissão Central Organizadora das Festas do 2º. Centenário do Café no Brasil e inaugurado em 27 de novembro de 1927, pelo então prefeito da cidade de São Paulo. Dr. Pires do Rio.
Foi executor da peça, o escultor Celso Antônio. O monumento tem 4 faces simbolizando cada uma: o cafeeiro, o português, o preto escravo e a mulher italiana. Está assim, explicada a evolução do café desde o seu plantio até a época do 2º. Centenário da sua introdução no Brasil.
Um pouco antes de sua inauguração, em setembro de 1927, realizou-se na capital paulista o Congresso e Exposição do Café.
Pela resolução no. 855, de 1º. de outubro de 1927, o prefeito Orosimbo Maia autorizou a ida de uma representação de Campinas às solenidades, bem como, cedeu o terreno necessário à localização do Monumento do Café; no Largo do Pará.
10 de outubro de 2006
Personagem: Barão de Jaguara
Muitas são as pessoas que desconhecem os motivos da denominação que distingue uma das principais artéria da cidade e quem foi o Barão de Jaguara.
Chamava-se dr. Antonio Pinheiro de Ulhôa Cintra, nascido a 12 de novembro de 1837, em São Paulo e onde faleceu a 14 de julho de 1895. Foi médico, deputado e presidente de São Paulo; e durante 25 anos clinicou em Moji-Mirim, grangeando grande reputação como médico.
A 14 de julho de 1887, depois de exercer as funções de deputado na Assembléia Geral pelo nono distrito, foi nomeado quinto vice-presidente da província e a 20 de junho de 1888 foi agraciado com o título de Barão de Jaguara, em atenção aos valiosos serviços prestados como diretor da Cia. Mogiana, tendo sido nomeado presidente da província em 6 de abril de 1889, prestando nessas funções relevantes serviços a Campinas durante a epidemia de febre amarela (ano de 1889), conseguindo da Assembléia a autorização para o governo conceder um empréstimo de dois milhões de cruzeiros à Prefeitura de Campinas, empréstimo esse transferido para a Cia. Campineira de Águas e Esgotos para a conclusão das obras de abastecimento de água e esgoto.
Esteve pessoalmente em Campinas examinando o estado lastimável desta cidade durante a epidemia e tudo fez para debelar o mal. A Câmara Municipal, interpretando o sentimento do povo da antiga rua Direita deu a denominação de rua “Barão de Jaguara”, que é hoje uma das mais importantes ruas de Campinas, sendo comumente conhecida por “rua Barão”.