Preservação da memória histórica de Campinas, SP, Brasil; pela catalogação ordenada de sua História, fotos, documentos antigos e de tudo aquilo que possa ajudar na preservação desta. Espaço aberto à todos que têm interesse no assunto e está em constante atualização. Aberto à receber material via internet ou por correio para aumentar minha biblioteca, hemeroteca e fototeca sobre o assunto. (jmfantinatti@hotmail.com)
30 de setembro de 2006
Monumento
29 de setembro de 2006
Personagem: Antônio Carlos Gomes - O maior músico campineiro
1836 – Em 11 de julho, nascimento de Antônio Carlos Gomes, em Campinas na rua da Matriz Nova, 50 (hoje Rua Regente Feijó, 1251).
Pais: Manoel José Gomes (Maneco Músico) e Fabiana Maria Jaguary Cardoso.
Padrinhos: Bento da Rocha Camargo Maria Candelária (mulher de José Custódio).
Irmãos: José Pedro Sant’Ana Gomes (Juca Músico), Manoel Gomes, Thomaz Gomes, Joaquina Gomes e Ana Gomes Funk; todos músicos.
Na foto acima de 1954, mostra o local onde nasceu Antonio Carlos Gomes (Rua Regente Feijó). Nota-se que existe uma placa dizendo do fato.
1844 – Em 26 de julho, sua mãe com 28 anos é brutalmente assassinada a facadas. Perto de sua residência, o evento aconteceu num largo cortado de jurumbevas próximo a Rua das Casinhas (hoje Rua General Osório).
..... ...............Foto de Carlos Gomes quando jovem.
Acima tem-se a partitura da 1a. obra do maestro.
1860 - Apresentação, no Rio de Janeiro, de duas cantatas de sua autoria e início de sua projeção no cenário musical.
1861 - Composição da ópera "A Noite do Castelo", sobre argumento de Antonio José Fernandes dos Reis inspirado no poema homônimo de Antonio Feliciano de Castilho.
1863 - É levada em cena a ópera "Joana de Flandres", com Ilbreto de Salvador de Mendonça; como pensionista do governo brasileiro segue para Milão.
1870 - Na Itália, após se tornar conhecido com as revistas musicais "Se sa minga" e "Nella luna", estréia a 19 de março, no Teatro Scala de Milão, "Il Guarany", cujo entrecho literário de Antonio Scaivini e Carro d'Ormeville tivera como fundamento o romance "O Guarany" de José de Alencar. Grande consagração da ópera em várias capitais européias: Moscou, Roma, Copenhague, Lisboa.
Acima foto de Adelina Peri, italiana de Bolonha, esposa do maestro.
1871 - Substitui o simples "Preludio" que havia concebido para dar início a "Il Guarany" pela "Sinfonia", que passou à categoria de segundo hino nacional brasileiro.
1873 - Primeira apresentação, a 16 de fevereiro, no Seala de Milão, da ópera "Fosca", com argumento de Ghisianzoni, extraído do romance "La festa delle Marie" de Luigi Capranica. Êxito relativo se o compararmos ao de "Il Guarany".
1874 - Execução em 24 de março, no Teatro Felice de Genova, da ópera "Salvator Rosa", com libreto de Ghisianzoni, inspirado em romance de Engenio de Mirecourt que trata da insurreição de Masaniello, em Napoles. Triunfo completo da obra, que se tornou a predileta do público italiano.
1879 - No Teatro Scala de Milão, sobe em cena, na noite de 27 de março, a ópera "Maria Tudor", sobre entrecho literário de Em1io Praga, Zanardlni e Ferdinando Fontana, tendo por fundamento um drama de Victor Hugo. Insucesso inicial e grande êxito depois.
Homenagem ao maestro na Revista Ilustrada em 1880
1889 - Estréia no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, a 27 de setembro, da ópera "Lo Schiavo", sobre libreto do poeta Rodolfo Paravicini, com excerto de versos de Antonio Giganti, sugerido por Visconde de Taunay. Por desavenças com o libretista, que tivera ganho de causa nos tribunais, não pode ser apresentada em premiére para o povo italiano, como desejava o compositor.
1891 - Apresentação a 21 de fevereiro, no Teatro Scala de Milão, da ópera "Condor", depois chamada por ele mesmo de "Odaléa", a qual teve por libretista o poeta Mario Canti. Carlos Gomes aqui se renova, iniciando um roteiro estético bem diferente do das óperas anteriores.
1892 - Execução a 12 de outubro, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, do oratório "Colombo", que o próprio compositor chamou de poema vocal-sinfônico, escrito para comemorar o quarto centenário do Descobrimento da América, com argumento de Albino Falanca.
Acima; última foto do maestro em vida, poucos dias antes de falecer.
1896 – Em 16 de setembro, morre de Antônio Carlos Gomes em Belém, no Estado do Pará. E cortejo fúnebre é acompanhado por 10.000 pessoas.
Em 24 de outubro de 1896 o enterro é feito no mausoléu da família Ferreira Penteado já em Campinas.
No Centro de Ciências Letras e Artes (CCLA) existe um museu com peças pertencentes ao maestro.
Tem-se no mapa abaixo os pontos principais de homenagem ao Maestro.
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28 de setembro de 2006
27 de setembro de 2006
Curiosidades: 1901 - Inaugura-se o CCLA
A 31 de outubro de 1901 somos aquinhoados, fazendo jús, aliás, à tradição cultural de Campinas e ao berço campineiro tão fecundo, donde já saíram Carlos Gomes, Campos Salles, Francisco Glicério e tantos outros vultos, desta vez com a fundação de um Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA).
A sua frente, encontravam-se os nomes respeitáveis dos Srs. Coelho Neto e César Bierrenbach, além de outros. Baluarte de nossa grandeza e herança republicana, estamos certos que tal instituição muito veio contribuir para o desenvolvimento cultural da terra campineira. nos seus mais variados setores.
Em pé: João Nogueira Ferraz, João César Bueno Bierrenbach e Souza Brito.
Sentados: Henrique de Barcelos, José de Campos Novaes, Ângelo Jachynto Simões e Carlos Edmundo Amálio da Silva.
Fundado por um grupo de cientistas, artistas e intelectuais, vinculados quase todos, na época, ao Colégio Culto à Ciência ou ao Instituto Agronômico, comprova o pioneirismo de Campinas em ideais científicos, republicanos e o amor às tradições históricas, objetivos marcantes defendidos ao longo dos anos.
A criação de uma biblioteca própria para a entidade foi uma idéia, que surgiu logo no início de sua existência, e o prestígio intelectual de seus fundadores e membros das diretorias sucessivas só fez crescer, em quantidade e qualidade o acervo, que atinge hoie mais ou menos cem mil volumes entre livros, revistas, jornais, boletins, teses, separatas, folhetos, voltados basicamente para asáreas de Literatura e Ciências Humanas.
Interior da antiga sede do CCLA
Maria Luiza Pinto de Moura, falecida em 2004, teve uma vida dedicada à memória da cidade e aos livros. Este é o melhor resumo, se é que isso é possível, da bela trajetória de Maria Luiza em nosso planeta. Em cinco décadas, ela cuidou, com carinho e enorme competência, da biblioteca do Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA), uma das glórias do Brasil. Dezenas, ou talvez centenas, de teses de doutorado e mestrado foram elaboradas a partir de sua contribuição – a busca incansável das imprescindíveis fontes.
Para comemorar os 100 anos de fundação do Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA) foi lançado em 2002 o livro Centro de Ciências, Letras e Artes – Ano 101, que contém um histórico do tempo de existência, entrevistas com personalidades e uma amostragem do acervo. O objetivo do livro é mostrar para comunidade a importância histórica e cultural da entidade para a cidade e o país. O livro teve o apoio cultural da Petrobras e foi escrito por Luiz Carlos R. Borges e Gustavo Osmar Mazzola.
26 de setembro de 2006
25 de setembro de 2006
Curiosidades: 1896 - Iluminação a gás
24 de setembro de 2006
Curiosidades: Ruas e Praças - Nomes de ontem e hoje
Pode-se ter uma idéia de como a nomenclatura definia, sempre muito bem a rua ou a praça indicando sempre alguma particularidade que a caracterizava.
Eis alguns destes nomes:
Rua da Pinga > Rua Santa Cruz
Rua do Cambuisal > Rua Augusto Cezar > encampada pela Av. Júlio de Mesquita
Rua da Formiga > Rua Antonio Cezarino
Rua da Boa Vista > Rua Padre Vieira
Rua do Chafariz > Rua do Mercado > Rua Boaventura do Amaral
Rua do Brejo > Rua Irmã Serafina
Rua de Baixo > Rua Luzitana
Rua do Meio > Rua Dr. Quirino
Rua de Cima > Rua Barão de Jaguara
Rua do Rosário > Av. Francisco Glicério
Rua da Matriz Nova > Rua Regente Feijó
Rua das Flôres > Rua José Paulino
Rua do Teatro > Rua José de Alencar
Rua Deserta > Rua Alvares Machado
Rua Alegre > Av. Senador Saraiva
Rua de São João > Rua Visconde do Rio Branco
Rua do Matadouro > Rua Saldanha Marinho
Rua do Campo > Av. Andrade Neves
Rua da Ponte > Rua Major Solon
Rua do Alecrim > Rua 14 de Dezembro
Rua do Picador > Rua do Imperador > Rua Marechal Deodoro
Rua da Matriz Velha > Rua Barreto Leme
Rua do Caracol > Rua Benjamin Constant
Rua da Cadeia > Rua Bernardino de Campos
Rua das Casinhas > Rua General Osório
Rua do Bom Jesus > Av. Campos Sales
Travessa ou Rua do Góis > Rua Cesar Bierrenbach
Rua de São José > Rua 13 de Maio
Rua da Constituição > Rua Costa Aguiar
Rua do Pórtico > Rua Ferreira Penteado
Rua das Campinas Velhas > Av. Moraes Sales
Rua do Tanque > Rua Duque de Caxias
Praça do Comércio > Largo de S. Cruz
Campo da Alegria > Largo São Benedito
Praça da Independência > Largo do Tanquinho > Largo do Pará
Largo do Lixo > Praça Carlos Gomes
Praça do Passeio > Praça Carlos Gomes
Campo do Chafariz > Praça Correia de Melo
Praça da Matriz Nova > Praça José Bonifácio
Largo da Matriz Velha > Praça Bento Quirino
Páteo do Rosario > Praça Visconde de Indaiatuba
Largo do Pelourinho > Largo das Andorinhas
Largo do Capim > Praça Antônio Pompeo
Rua do Colégio > Rua Culto à Ciência
Rua Formosa > Rua Conceição
Largo Municipal > Praça Imprensa Fluminense (Centro de Convivência)
Rua Rio Branco > Rua Jorge Krug
Rua da Constituição > Rua Costa Aguiar
Largo de Santa Cruz > Praça 15 de Novembro
Rua 24 de Maio > Rua Cônego Scipião
Rua da Boa Morte > Rua Antônio Cesarino
Largo do Teatro > Praça Rui Barbosa
Beco do Inferno > Travessa São Vicente de Paulo
Rua 28 de Setembro > Rua Cônego Neri
Rua 24 de Fevereiro > Rua Álvaro Ribeiro
23 de setembro de 2006
Curiosidades: O primeiro sobrado construído de taipa
22 de setembro de 2006
Memória Fotográfica: Mercado das Hortaliças x Casa das Andorinhas
Nesta foto nota-se o intenso movimento de chacareiros com suas carroças.
Nesta foto de 1928; a Casa das Andorinhas localizava-se na atual Av. Anchieta, onde hoje encontra-se o Monumento ao Bi-Centenário de Campinas. Esta casa levou este nome por causa das andorinhas que lá buscavam abrigo virando símbolo da cidade (Cidade das Andorinhas) . Tal edifício depois que abandonado pelas andorinhas foi demolido em 1956.
21 de setembro de 2006
20 de setembro de 2006
Personagem: Leopoldo Amaral
19 de setembro de 2006
Curiosidades: Início da imprensa em Campinas
Foi no ano de 1832, na então Vila de São Carlos, que Hércules Florence (sim ele mesmo; um dos inventores da fotografia e que deu o nome de fotografia, para arte de fixação de imagens), deu início à montagem de sua tipografia ou “autografia”. Vinte e seis anos mais tarde dois irmãos, de procedência modesta, adquiriram por compra a oficina tipográfica de Hércules Florence. Eram eles João e Francisco Teodoro de Siqueira e Silva. Assim surgia "Aurora Campineira", primeiro jornal local, em 04 de abril de 1858, tablóide de 4 páginas, tamanho ofício, e tinha em João Teodoro de Siqueira e Silva o seu primeiro profissional jornalista; chegando a ter 120 assinantes. Em 10 de janeiro de 1860 passou a se chamar “O Conservador” e encerrou suas atividades em 11 de novembro de 1860.
Em 31 de outubro de 1869 alguns rapazes mais imbuido de sonhos literários, criaram o bi-semanário “Gazeta de Campinas”; iniciativa do poeta e advogado Francisco Quirino dos Santos.
Em 19 de setembro de 1875 inauguraram o "Diário de Campinas" dando seqüência na evolução da imprensa escrita em Campinas.
18 de setembro de 2006
17 de setembro de 2006
Curiosidades: 1898 - Primeiro Estabelecimento Comercial a possuir Luz Elétrica
16 de setembro de 2006
Curiosidades: 1897 – Vamos ao Cinema?
15 de setembro de 2006
Memória Fotográfica: Chafarizes
14 de setembro de 2006
Curiosidades: 1890 – Tem-se 29 colégios
Em 1890; Campinas, com 44 mil habitantes, tem este retrato: 29 colégios, 2 teatros, 2 bibliotecas públicas, 1 orquestra, 2 bandas, 17 hotéis e restaurantes e 575 estabelecimentos comerciais.
13 de setembro de 2006
Curiosidades: 1878 – Telefone para Você
Exemplo do telefone usado na época.
12 de setembro de 2006
11 de setembro de 2006
10 de setembro de 2006
Curiosidades: Intendentes e Prefeitos
Esta é lista dos governantes que Campinas teve.
INTENDENTES
1892 a 1894 - Antonio Alvares Lobo, Antonio Carlos do Amaral Lapa e José Maximiano Pereira Bueno
1895 - Antonio Alvarez Lobo
1896 - Manoel de Assis Vieira Bueno
1897 - Joaquim Ulysses Sarmento
1898 - Antonio Campos Salles
1899 a 1901 - Manoel de Assis Vieira Bueno
1902 - Antonio Alvares Lobo (de janeiro a setembro)
1902 - João B. de Barros Aranha (setembro a dezembro)
1903 a 1904 - Antonio Alvares Lobo (até abril)
1904 - Orosimbo Maia (de maio a julho)
1904 - João de Paula Castro (de agosto a dezembro)
1905 a 1906 - Francisco de Araújo Mascarenhas
1906 - Arthur Leite de Barros
1906 a 1908 - Francisco de Araújo Mascarenhas (até janeiro)
PREFEITOS
1908 a 1910 - Orosimbo Maia (primeiro prefeito eleito pelo voto popular)
1911 a 1920 - Heitor Teixeira Penteado
1920 a 1921 - Raphael de Andrade Duarte
1922 - Miguel de Barros Penteado (de janeiro a setembro)
1922 - Raphael de Andrade Duarte (de outubro a dezembro)
1923 a 1925 - Miguel de Barros Penteado
1926 - Celso da Silveira Rezende (de janeiro a março)
1926 a 1930 - Orosimbo Maia (de abril a novembro)
1930 a 1931 - José Pires Neto (até março)
1931 a 1932 - Orosimbo Maia (até setembro)
1932 a 1933 - Alberto de Cerque ira Lima
1934 - Perseu Leite de Barros (até setembro)
1934 a 1936 - José Pires Neto (até maio)
1936 a 1938 - JoãoAlvesdos Santos (entre junho e julho)
1938 a 1941 - Dr. Euclydes Vieira (até julho)
1941 a 1943 - Lafayette Álvaro de Souza Carnargo (até julho)
1943 a 1945 - Perseu Leite de Barros (até maio)
1945 - Dr. Euclydes Vieira (de julho a outubro)
1945 a 1946 - Joaquim de Castro Tibiricá
1947 - Admar Maia (durante o mês de janeiro)
1947 - Luiz de Tella (fevereiro a março)
1947 - Manoel Alexandre Marcondes Machado (até dezembro)
1948 a 1951 - Miguel ViGente Cury
1951 - Arlindo Joaquim de Lemos Jr. (de maio a dezembro)
1952 a 1955 - Antonio Mendonça de Barros
1956 a 1959 - Ruy Hellmeister Novaes (até janeiro)
1959 - José Nicolau Ludgero Maselli (até dezembro)
1960 a 1963 - Miguel Vicente Cury
1964 a 1969 - Ruy Hellmeister Novaes (até janeiro)
1969 a 1972 - Orestes Quércia
1973 a 1976 - Lauro Péricles Gonçalves
1977 a 1982 - Francisco Amaral
1982 - José Nassif Mokarzel (de maio a dezembro)
1983 a 1988 - José Roberto de Magalhães Teixeira
1989 a 1992 - Jacó Bittar
1993 a 1996 - José Roberto de Magalhães Teixeira (faleceu em fevereiro de 1996)
1996 - Edvaldo Orsi (completou o mandato)
1997 a 2001 - Francisco Amaral
2001 - Antonio da Costa Santos (até 10 setembro, quando foi assassinado com 1 tiro quando voltava de um shopping para sua residência). A publicação desta lista nesta data é uma homenagem que faço ao mesmo; pois além de ter sido arquiteto também foi um historiador sobre Campinas.
2001 a 2004 - Izalene Tiene (completou o mandato)
2005 a 2008 - Hélio de Oliveira Santos
9 de setembro de 2006
8 de setembro de 2006
Curiosidades: 1869 – Diligências para Jundiaí
7 de setembro de 2006
Curiosidades: 1868 – Primeiras Indústrias
6 de setembro de 2006
Curiosidades: 1864 - Proibido Lixo na Rua
5 de setembro de 2006
Curiosidades: 1852 - Oferece-se Emprego
4 de setembro de 2006
Curiosidades: 1838 - Piano, o requinte
Em 1930, contavam-se na cidade cerca de 900 pianos importados pela Casa Livro Azul, na rua Barão de Jaguara. E a cidade produziria para salões paulistanos, do Rio e Europa, as pianistas Ophelia Nascimento e Estelinha Epstein.
3 de setembro de 2006
Memória Fotográfica: 1890 - Um olhar de 180 graus no Largo do Rosário
Nesta foto, você continua na calçada do Rua Barão de Jaguara e está olhando diretamente para a Av. Francisco Glicério.
1 de setembro de 2006
Curiosidades: 1889 - Epidemia de Febre Amarela
Acima atestado de óbito de Rosa Beck, com 24 anos e nascida na Suiça, sendo o primeiro caso fatal; vindo da cidade de Santos para Campinas.
Durante a epidemia, quase não restaram médicos para atender à população: os que não morreram (dr. Costa Aguiar foi um que pereceu), fugiram em pânico do contágio, juntamente com os moradores mais abastados. As autoridades foram obrigadas a trazer de outras cidades médicos dispostos a enfrentar a crise. Adolpho Lutz foi um deles, mas permaneceu em Campinas apenas dois meses, abril e maio, quando a epidemia estava no auge. Em julho, embarcou com destino ao Havaí, fazendo escala em Hamburgo. Os biógrafos são ambíguos e anacrônicos no tocante à precoce correlação entre febre amarela e mosquitos supostamente estabelecida por ele então. Segundo Bertha Lutz, seu pai teria verificado que a doença alastrava-se pelas cidades que margeavam a estrada de ferro, fato que teria correlacionado mais tarde com a teoria culicidiana. Nas Reminiscências sobre a febre amarela publicadas por Lutz em 1930, ele observa que o transporte de mosquitos infectados pela estrada de ferro esclarecia o aparecimento de vários casos esporádicos e isolados de febre amarela em funcionários do correio e da ferrovia e em pessoas que nunca tinham visitado Campinas. Nas Reminiscências Lutz recorda que durante o tempo em que esteve nessa cidade usou o mosquiteiro desde o anoitecer e sempre que se recolhia ao hotel durante o dia, o que não o impediu de ser picado diversas vezes.
Para Lutz, 1889 foi o “ano mais infausto” na história moderna da febre amarela no Brasil. Durante os três meses de verão quase não choveu e a temperatura subiu mais que nos anos anteriores. A doença surgiu em Santos e em Campinas. Na primeira cidade, após dez anos sem ocorrência de casos, a epidemia foi muito forte. Em Campinas, seu desenvolvimento foi rápido, chegando a quarenta óbitos por dia. Avaliou-se que três quartos da população, estimada em vinte mil habitantes, deixaram a cidade. Muitas pessoas que regressaram antes do tempo contraíram a moléstia. Houve cerca de dois mil óbitos, incluindo os que faleceram em outros lugares. Em Campinas tem-se um número aproximadamentre de 1200 vítimas; sendo 816 homens, 285 mulheres e 99 crianças.