9 de outubro de 2006

Curiosidades: 1873 - Colégio Culto à Ciência

........ Fachada principal do estabelecimento em 1897


Em 13 de abril de 1873 foi inaugurado o Colégio “Culto à Ciência”, que começou a funcionar no mesmo ano da inauguração. O então secretário da sociedade maçônica, o dr. Manuel Ferraz de Campos Salles fez um discurso salientando, entre outras coisas, a necessidade da “instrução popular.”

A escola deve seu nome à “Sociedade Culto à Ciência”, cujos membros, pertencentes à Comissão de Justiça da loja Maçônica Independência de Campinas, decidiram, no ano de 1869, pela criação de um estabelecimento de ensino leigo na cidade. Inaugurado em 1873, como “Colégio Culto à Ciência”, foi dirigido pelos maçons até a dissolução da Sociedade, passando para o poder público em 1892.

O nome da escola é uma referência aos ideais positivistas, pois, para eles, “a razão era o novo guia da humanidade e cultuar a ciência era o mesmo que cultuar a razão”.

O primeiro surto de febre amarela em Campinas, em fevereiro de 1889, obrigou o Colégio a suspender suas atividades, que foram reiniciadas somente em julho daquele mesmo ano. Em 1890 as aulas foram reiniciadas em janeiro mas, o funcionamento da escola foi novamente interrompido pois a febre amarela, que tomou conta da cidade, ainda não tinha sido completamente debelada.

Durante o ano da proclamação da República e no ano seguinte o Colégio não funcionou regularmente, voltando às suas atividades somente em 1891 quando a situação financeira da “Sociedade Culto à Ciência” estava abalada.

O Colégio sempre enfrentou dificuldades financeiras, sobretudo pelo grande número de alunos pobres que não tinham condições de pagar nem a taxa de matrícula e as prestações cobradas aos alunos serem irrisórias. A Sociedade que havia idealizado o Colégio estava mais preocupada, naquele momento de grave crise financeira dele, em assumir o governo da República. Nesse contexto foi realizada a última assembléia da Sociedade, em 24 de dezembro de 1892, na qual ficou decidido que todo seu patrimônio passaria para a municipalidade campineira, para fins únicos de instrução, como previa o artigo 43 de seus estatutos.

O prédio em que funcionava o antigo Colégio ‘Culto à Ciência’” passou a pertencer ao Estado dois anos depois. Conforme Lei nº 284, de 14 de março de 1895, o então governador do Estado, Manoel Ferraz de Campos Salles, criou o Ginásio de Campinas. Instalado e inaugurado em 4 de dezembro de 1896, quando era Secretário do Interior Antonio Dino da Costa Bueno, o ginásio foi instalado no prédio onde funcionara o Colégio Culto à Ciência.

Esse prédio permanece até os dias atuais, e mantém o estilo da arquitetura clássica francesa do século XVII, ainda que tenha passado por algumas reformas.

Segundo o Anuário do Ensino do Estado de São Paulo (1907 e 1908), desde sua fundação até 1908, só se bacharelaram ali 32 alunos, devido às epidemias de febre amarela.

Compunham seu corpo docente, em 1907: Américo Brasiliense Antunes de Moura, catedrático de Português; Bento Ferraz, de Literatura; Dr. João Keating, de Francês; José Stott, de Inglês; Dr. Camillo Vanzolini, de Italiano; João von Atzingeti, de Alemão; Dr. Eduardo Gê Badaró, de Latim; Henrique Augusto Vogel, de Grego; André Perez Marin, de Aritmética e Álgebra; Ernesto Luiz de Oliveira, de Geometria e Trigonometria; Luiz Bueno Horta Barbosa, de Mecânica e Astronomia; Manoel Agostinho Lourenço, de Física e Química; Francisco Furtado Mendes Vianna, de História Natural; Gustavo Enge, de Geografia; Basilio de Magalhães, de História do Brasil e interino de Historia Universal; Dr. Abílio Alvaro Miller, de Psicologia e Lógica. Eram auxiliares de ensino os Srs. José Villdgelnn Junior, professor de Desenho, e Jorge Carlos Guilherme Hennigs, professor de Geometria. Era preparador de Física e Química o sr. Eugenio Buleão.

O número de alunos matriculados no ano de letivo de 1907 foi de 99, com a freqüência média de 88.

No ano de 1942 o ensino secundário foi dividido em dois ciclos: o primeiro, de quatro anos, formando o curso ginasial e o segundo, de três anos, compreendendo dois cursos paralelos: o clássico e o científico. Devido a esse acontecimento, o Ginásio de Campinas passou a denominarse, em 9 de abril de 1942, Colégio Estadual de Campinas.

No dia 4 de dezembro de 1946, o Colégio comemorou cinqüenta anos de existência como instituição oficial. Houve muitas comemorações nessa data e a Associação dos ex-alunos pleiteou a volta à denominação “Culto à Ciência” para o Colégio Estadual de Campinas.

Ocorreu, então, um fato pitoresco. O então governador, Dr. Ademar de Barros, entendendo que Campinas pretendia cultuar a ciência, assinou o decreto nº 17.306 em 17 de junho de 1947, alterando o nome do Colégio para Colégio Estadual “José Bonifácio”, considerando que José Bonifácio representava a homenagem que o corpo docente e toda a cidade de Campinas desejava prestar às ciências. Dessa forma, o Colégio levou o nome de “José Bonifácio” até o dia 1 de julho do mesmo ano, quando o decreto nº 17.350 entrou em vigor dando-lhe a denominação de Colégio Estadual Culto à Ciência.

O Sistema de Informações Educacionais da Secretaria de Estado da Educação indica que o decreto nº 8.761, de 12 de outubro de 1976, apontado no Diário Oficial de 13 de outubro de 1976, altera o nome da escola para Escola Estadual de Segundo Grau Professor Benedito Sampaio. O decreto nº 8.795, de 14 de outubro de 1976, apontado no Diário Oficial de 15 de outubro de 1976, torna sem efeito o decreto anterior, voltando para a denominação de Escola Estadual de Segundo Grau Culto à Ciência.

Conforme resolução nº 12, de 1 de dezembro de 1992, publicada no DOM de 24 de dezembro de 1992:08, o prédio do Colégio Culto à Ciência, situado à rua Culto à Ciência nº 422, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas – CONDEPACC.

Atualmente a escola oferece Ensino Médio (Geral).

Endereço atual:
Rua Culto a Ciência, 422 – Botafogo
Campinas, SP – CEP 130 20060
Telefone (19) 3232.3511

8 de outubro de 2006

Curiosidades: 1888 - Os suíços chegam

Os primeiros suíços vieram para a região em 1888 e se instalaram no bairro Helvetia, em Indaiatuba. Seus filhos e netos abandonaram a tradição agrícola da fase áurea do café e se integraram à sociedade campineira. A história dos suíços está escrita no livro Memórias de um Filho da Colônia Helvetia no Brasil, do padre Polycarpo Amstalden. A preocupação dos descendentes é manter a língua com aulas na comunidade e preservar a tradição, como a arquitetura, que guarda lembrança da Suíça.

7 de outubro de 2006

Curiosidades: 1918 - Chegam os japoneses

Os japoneses começaram a chegar em 1918 e a maioria das farmílias se dirigiram para as fazendas de café, como a Tozan, na região norte da cidade. A maior parte delas veio de Okinawa e o dialeto da ilha ainda é preservado. Assim como outros imigrantes, os japoneses também lutam por manter suas tradições. Um exemplo é o Clube Nipo-Brasileiro, no Jardim Guanabara, que procura manter os laços dos japoneses acesos e reverenciando sua terra natal e seus antepassados.

6 de outubro de 2006

Curiosidades: 1856 - Chegam os alemães

Os alemães chegaram à cidade por volta de 1856 e em 1870 criaram o bairro Friburgo, a 12 quilômetros do centro de Campinas, entre Monte Mór e Indaiatuba. Poucas famílias mantêm hoje propriedades no local e somente os descendentes mais idosos ainda se apegam às tradições, como por exemplo o uso do dialeto plau deustsch. Apesar disso, a maioria das novas gerações se empenham por restabelecer as tradições. E assim criando-se grupo de dança, além dos constantes encontros para celebrar festas típicas.

5 de outubro de 2006

Personagem: Manuel Ferraz de Campos Salles - Um campineiro na Presidência da República

Mesmo sem fazer carreira política em Campinas, Manuel Ferraz de Campos Salles foi um dos primeiros políticos da cidade a despontar no cenário nacional; foi o único campineiro que chegou à presidente da República. Ele foi o quarto presidente empossado na República Velha, sucedendo Prudente de Morais, entre 15 de novembro de 1898 e 15 de novembro de 1902. Pelo motivo de ter chegado ao cargo máximo da nação, é considerado o maior político que Campinas já produziu.


1841 - em 13 de fevereiro nasce Manuel Ferraz de Campos Salles, então na Vila de São Carlos, atual Campinas.

Desenho da casa onde nasceu Campos Salles. Situada na antiga rua Bom Jesus, hoje av. Campos Salles no. 23 e ficava na esquina da rua Regente Feijó. Já não existe mais.


Seus pais: Francisco de Paula Salles e Ana Cândida Ferraz

1863 – Forma-se na Faculdade de Direito de São Paulo, na mesma turma de Prudente de Morais.

................. ..Primeiro jornal de Campos Salles


1865 – Casa-se com a prima-irmã, por parte de pai, Ana Gabriela de Campos Salles, com quem teve três filhas e um filho.


1867 – Elegeu-se Deputado Provinciano por São Paulo, pelo Partido Liberal.

1872 – Tornou-se membro do Partido Republicano Paulista (PRP).

1873 – Participou da Convenção de Itu, fundando efetivamente o PRP.

1881 – Reeleito Deputado

1885 – Elegeu-se Deputado Geral pelo PRP

1889 – Assumiu o Ministério da Justiça no governo provisório. Adotou medidas como a lei do casamento e registros civis e separação entre a Igreja e Estado, reforma do Código Penal e a organização da Justiça Federal.

......................... Quando Ministro da Justiça

1891 – Elegeu-se Senador para a Assembléia Constituinte, ficando no Senado até 1896, quando passou a governar São Paulo.

1897 – O nome de Campos Salles e do vice, Rosa e Silva, vão à convenção.

1898 – Eleito Presidente, em março, com 174 mil votos contra 16 mil da oposição.

Presidente da República no Palácio do Catete, Rio de Janeiro

1898 – Assume a presidência em 15 de novembro, com as metas de reestabelecer a confiança da comunidade internacional com o país e sanas as finanças.

Campos Salles e família em 1898, quando Presidente da República.

1900 – Para abafar políticas internas criou a Política dos Governadores, estabelecendo do acordo entre Governo Federal, governos estaduais e os coronéis.

1902 – Fim do mandato, apesar de recuperar as finanças, empobrecera ainda mais as camadas popularea, deixando o cargo extremamente impopular.

1905 – Nome é lembrado para sucessão presidencial de Rodrigues Alves, mas desiste da candidatura.

1907 – Escolhido candidato ao governo de São Paulo, derrotado por Albuquerque Lins.

1909 – Reeleito Senador.

Última foto de Campos Salles, em Buenos Aires, Argentina.

1913 – em 28 de junho morre Campos Salles, aos 72 anos, na cidade de Santos

............................. Enterro de Campos Salles.

4 de outubro de 2006

Curiosidades: 1798 - O primeiro inventário

O primeiro inventário processado em Campinas foi no ano de 1798; avaliação dos bens de José Corrêa Marques. As custas importara: em 10,200. Dentre o bens, contavam: 1 escravo de nome Simplício, 11,00; 1 creolinha de um ano, 16,00; uma mulata (20 anos), 150,00; 1 cavalo, escuro 5,00; 2 vacas vehas, 3,20; 21 porcos, 21,00; etc.. O Juiz recebeu 40 centavos; o escrivão 6,50; os avaliadores 1,20; os partidores 1,00 e o contador 80,00.

3 de outubro de 2006

Monumento: Mãe Negra

A arte é de Júlio Guerra, fundição de Antonio Di Giordono, e é uma réplica do que existe na Largo do Paissandu, na cidade de São Paulo, capital do Estado de São Paulo. Foi instalado em 1983 no Largo São Benedito.

2 de outubro de 2006

Memória Fotográfica: O sobrado dos Alves Pinto

Este belo edifício ficava localizado no cruzamento entre a av. Francisco Glicério e rua Barreto Leme. A foto de 1982 mostra o início da demolição. O sobrado foi mandado construir com material importado da Itália e de mármore de Carrara, por Próspero Bellinfanti. Nele faleceu Rafael Andrade Duarte, historiador, político (exerceu, inclusive, o cargo de prefeito), teatrólogo e poeta.

1 de outubro de 2006

Curiosidades: 1880 - Italianos substituem os escravos

Os italianos, principal corrente imigratória no Brasil, chegaram em 1880 a Campinas e se concentraram nos distritos de Sousas e Joaquim Egidio, então povoados pelos escravos negros que trabalhavam nas fazendas. Com a libertação dos escravos, substituíram os negros na cultura do café e poucas décadas depois já haviam acumulado capital suficiente para se tornarem pequenos proprietários e comerciantes, mantendo a cultura de subsistência e criação de gado.

A cultura brasileira foi decisivamente influenciada pela italiana, que se mantém graças às associações das várias cidades da região. Em Campinas é comemorado o Dia da Comunidade Italiana em 17 de abril, referência à fundação, em1881, do Circolo Italiani Uniti, que se transformou na Casa de Saúde de Campinas.

30 de setembro de 2006

Monumento

Monumento: o termo vem do Latim "monumentu", significando "obra de arquitetura ou escultura feita em honra de alguém cuja memória se quer perpetuar ou para comemorar algum fato notável". Este é o verdadeiro sentido dos monumentos públicos, homenageando e perpetuando através do tempo, personalidades e fatos que, nos mais diferentes setores, trabalhararam pelo bem da comunidade ou de importância para esta. Campinas orgulha-se dos seus monumentos. São muitos e algums deles, verdadeiras obras de arte e neste espaço estaremos contando a história deles e a quem ou que se refere. E como diz nossa professora e cronista, Sra. Célia Siqueira Farjallat: "O significado de cada monumento de cada cidade é também uma lição de História".

29 de setembro de 2006

Personagem: Antônio Carlos Gomes - O maior músico campineiro

Descrevo aqui o maior orgulho da cidade de Campinas na área artística musical; o grande artista na arte lírica internacional, autor de óperas de envergadura encenadas nos grandes teatros do Velho Mundo.

1836 – Em 11 de julho, nascimento de Antônio Carlos Gomes, em Campinas na rua da Matriz Nova, 50 (hoje Rua Regente Feijó, 1251).

Acima foto do Manoel José Gomes (Manéco Músico)

Pais: Manoel José Gomes (Maneco Músico) e Fabiana Maria Jaguary Cardoso.
Padrinhos: Bento da Rocha Camargo Maria Candelária (mulher de José Custódio).
Irmãos: José Pedro Sant’Ana Gomes (Juca Músico), Manoel Gomes, Thomaz Gomes, Joaquina Gomes e Ana Gomes Funk; todos músicos.



Na foto acima de 1954, mostra o local onde nasceu Antonio Carlos Gomes (Rua Regente Feijó). Nota-se que existe uma placa dizendo do fato.

1844 – Em 26 de julho, sua mãe com 28 anos é brutalmente assassinada a facadas. Perto de sua residência, o evento aconteceu num largo cortado de jurumbevas próximo a Rua das Casinhas (hoje Rua General Osório).

..... ...............Foto de Carlos Gomes quando jovem.

1859 - Viagem ao Rio de Janeiro e ingresso no Conservatório, onde estuda composição.

Acima tem-se a partitura da 1a. obra do maestro.


1860 - Apresentação, no Rio de Janeiro, de duas cantatas de sua autoria e início de sua projeção no cenário musical.

1861 - Composição da ópera "A Noite do Castelo", sobre argumento de Antonio José Fernandes dos Reis inspirado no poema homônimo de Antonio Feliciano de Castilho.

1863 - É levada em cena a ópera "Joana de Flandres", com Ilbreto de Salvador de Mendonça; como pensionista do governo brasileiro segue para Milão.

1870 - Na Itália, após se tornar conhecido com as revistas musicais "Se sa minga" e "Nella luna", estréia a 19 de março, no Teatro Scala de Milão, "Il Guarany", cujo entrecho literário de Antonio Scaivini e Carro d'Ormeville tivera como fundamento o romance "O Guarany" de José de Alencar. Grande consagração da ópera em várias capitais européias: Moscou, Roma, Copenhague, Lisboa.


Acima foto de Adelina Peri, italiana de Bolonha, esposa do maestro.

1871 - Substitui o simples "Preludio" que havia concebido para dar início a "Il Guarany" pela "Sinfonia", que passou à categoria de segundo hino nacional brasileiro.

1873 - Primeira apresentação, a 16 de fevereiro, no Seala de Milão, da ópera "Fosca", com argumento de Ghisianzoni, extraído do romance "La festa delle Marie" de Luigi Capranica. Êxito relativo se o compararmos ao de "Il Guarany".

1874 - Execução em 24 de março, no Teatro Felice de Genova, da ópera "Salvator Rosa", com libreto de Ghisianzoni, inspirado em romance de Engenio de Mirecourt que trata da insurreição de Masaniello, em Napoles. Triunfo completo da obra, que se tornou a predileta do público italiano.

1879 - No Teatro Scala de Milão, sobe em cena, na noite de 27 de março, a ópera "Maria Tudor", sobre entrecho literário de Em1io Praga, Zanardlni e Ferdinando Fontana, tendo por fundamento um drama de Victor Hugo. Insucesso inicial e grande êxito depois.
Homenagem ao maestro na Revista Ilustrada em 1880

1889 - Estréia no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, a 27 de setembro, da ópera "Lo Schiavo", sobre libreto do poeta Rodolfo Paravicini, com excerto de versos de Antonio Giganti, sugerido por Visconde de Taunay. Por desavenças com o libretista, que tivera ganho de causa nos tribunais, não pode ser apresentada em premiére para o povo italiano, como desejava o compositor.

1891 - Apresentação a 21 de fevereiro, no Teatro Scala de Milão, da ópera "Condor", depois chamada por ele mesmo de "Odaléa", a qual teve por libretista o poeta Mario Canti. Carlos Gomes aqui se renova, iniciando um roteiro estético bem diferente do das óperas anteriores.

1892 - Execução a 12 de outubro, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, do oratório "Colombo", que o próprio compositor chamou de poema vocal-sinfônico, escrito para comemorar o quarto centenário do Descobrimento da América, com argumento de Albino Falanca.

Acima; última foto do maestro em vida, poucos dias antes de falecer.


A foto acima mostra o maestro morto em seu leito de morte.


1896 – Em 16 de setembro, morre de Antônio Carlos Gomes em Belém, no Estado do Pará. E cortejo fúnebre é acompanhado por 10.000 pessoas.


Em 24 de outubro de 1896 o enterro é feito no mausoléu da família Ferreira Penteado já em Campinas.

1905 – Em 02 de julho é inaugurado o monumento e túmulo ao grande artista Antônio Carlos Gomes; monumento este que passa a ser um dos marcos da cidade.


No Centro de Ciências Letras e Artes (CCLA) existe um museu com peças pertencentes ao maestro.


Tem-se no mapa abaixo os pontos principais de homenagem ao Maestro.
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27 de setembro de 2006

Curiosidades: 1901 - Inaugura-se o CCLA

CCLA é sigla do CENTRO DE CIÊNCIAS, LETRAS e ARTES.

A 31 de outubro de 1901 somos aquinhoados, fazendo jús, aliás, à tradição cultural de Campinas e ao berço campineiro tão fecundo, donde já saíram Carlos Gomes, Campos Salles, Francisco Glicério e tantos outros vultos, desta vez com a fundação de um Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA).

A sua frente, encontravam-se os nomes respeitáveis dos Srs. Coelho Neto e César Bierrenbach, além de outros. Baluarte de nossa grandeza e herança republicana, estamos certos que tal instituição muito veio contribuir para o desenvolvimento cultural da terra campineira. nos seus mais variados setores.

Alguns dos sonhadores aparecem na foto acima, sendo da esquerda para a direita.

Em pé: João Nogueira Ferraz, João César Bueno Bierrenbach e Souza Brito.
Sentados: Henrique de Barcelos, José de Campos Novaes, Ângelo Jachynto Simões e Carlos Edmundo Amálio da Silva.

Fundado por um grupo de cientistas, artistas e intelectuais, vinculados quase todos, na época, ao Colégio Culto à Ciência ou ao Instituto Agronômico, comprova o pioneirismo de Campinas em ideais científicos, republicanos e o amor às tradições históricas, objetivos marcantes defendidos ao longo dos anos.

Antiga sede do CCLA

A criação de uma biblioteca própria para a entidade foi uma idéia, que surgiu logo no início de sua existência, e o prestígio intelectual de seus fundadores e membros das diretorias sucessivas só fez crescer, em quantidade e qualidade o acervo, que atinge hoie mais ou menos cem mil volumes entre livros, revistas, jornais, boletins, teses, separatas, folhetos, voltados basicamente para asáreas de Literatura e Ciências Humanas.


Interior da antiga sede do CCLA

Maria Luiza Pinto de Moura, falecida em 2004, teve uma vida dedicada à memória da cidade e aos livros. Este é o melhor resumo, se é que isso é possível, da bela trajetória de Maria Luiza em nosso planeta. Em cinco décadas, ela cuidou, com carinho e enorme competência, da biblioteca do Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA), uma das glórias do Brasil. Dezenas, ou talvez centenas, de teses de doutorado e mestrado foram elaboradas a partir de sua contribuição – a busca incansável das imprescindíveis fontes.

Sede atual do CCLA

Para comemorar os 100 anos de fundação do Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA) foi lançado em 2002 o livro Centro de Ciências, Letras e Artes – Ano 101, que contém um histórico do tempo de existência, entrevistas com personalidades e uma amostragem do acervo. O objetivo do livro é mostrar para comunidade a importância histórica e cultural da entidade para a cidade e o país. O livro teve o apoio cultural da Petrobras e foi escrito por Luiz Carlos R. Borges e Gustavo Osmar Mazzola.


O sonho; projeto da futura sede

26 de setembro de 2006

Curiosidades: 1895 - Jardim Carlos Gomes; quem diria foi o Largo do Lixo

Acredite! O atual Jardim Carlos Gomes, até fins do século XIX, era conhecido como o Largo do Lixo, pois ali se acumulavam os detritos recolhidos das residências campineiras. A foto aqui mostra o local em 1895; vendo-se ao fundo a torre da Matriz Catedral.

25 de setembro de 2006

Curiosidades: 1896 - Iluminação a gás

Em 28 de maio de 1896 é inaugurado no bairro da Guanabara o primeiro sistema de iluminação a gás.

24 de setembro de 2006

Curiosidades: Ruas e Praças - Nomes de ontem e hoje

Sugestivo sem dúvida, quando se compara os nomes de ruas e praças atuais com os antigos.

Pode-se ter uma idéia de como a nomenclatura definia, sempre muito bem a rua ou a praça indicando sempre alguma particularidade que a caracterizava.

Eis alguns destes nomes:
Ontem >Hoje
Rua da Pinga > Rua Santa Cruz
Rua do Cambuisal > Rua Augusto Cezar > encampada pela Av. Júlio de Mesquita
Rua da Formiga > Rua Antonio Cezarino
Rua da Boa Vista > Rua Padre Vieira
Rua do Chafariz > Rua do Mercado > Rua Boaventura do Amaral
Rua do Brejo > Rua Irmã Serafina
Rua de Baixo > Rua Luzitana
Rua do Meio > Rua Dr. Quirino
Rua de Cima > Rua Barão de Jaguara
Rua do Rosário > Av. Francisco Glicério
Rua da Matriz Nova > Rua Regente Feijó
Rua das Flôres > Rua José Paulino
Rua do Teatro > Rua José de Alencar
Rua Deserta > Rua Alvares Machado
Rua Alegre > Av. Senador Saraiva
Rua de São João > Rua Visconde do Rio Branco
Rua do Matadouro > Rua Saldanha Marinho
Rua do Campo > Av. Andrade Neves
Rua da Ponte > Rua Major Solon
Rua do Alecrim > Rua 14 de Dezembro
Rua do Picador > Rua do Imperador > Rua Marechal Deodoro
Rua da Matriz Velha > Rua Barreto Leme
Rua do Caracol > Rua Benjamin Constant
Rua da Cadeia > Rua Bernardino de Campos
Rua das Casinhas > Rua General Osório
Rua do Bom Jesus > Av. Campos Sales
Travessa ou Rua do Góis > Rua Cesar Bierrenbach
Rua de São José > Rua 13 de Maio
Rua da Constituição > Rua Costa Aguiar
Rua do Pórtico > Rua Ferreira Penteado
Rua das Campinas Velhas > Av. Moraes Sales
Rua do Tanque > Rua Duque de Caxias
Praça do Comércio > Largo de S. Cruz
Campo da Alegria > Largo São Benedito
Praça da Independência > Largo do Tanquinho > Largo do Pará
Largo do Lixo > Praça Carlos Gomes
Praça do Passeio > Praça Carlos Gomes
Campo do Chafariz > Praça Correia de Melo
Praça da Matriz Nova > Praça José Bonifácio
Largo da Matriz Velha > Praça Bento Quirino
Páteo do Rosario > Praça Visconde de Indaiatuba
Largo do Pelourinho > Largo das Andorinhas
Largo do Capim > Praça Antônio Pompeo
Rua do Colégio > Rua Culto à Ciência
Rua Formosa > Rua Conceição
Largo Municipal > Praça Imprensa Fluminense (Centro de Convivência)
Rua Rio Branco > Rua Jorge Krug
Rua da Constituição > Rua Costa Aguiar
Largo de Santa Cruz > Praça 15 de Novembro
Rua 24 de Maio > Rua Cônego Scipião
Rua da Boa Morte > Rua Antônio Cesarino
Largo do Teatro > Praça Rui Barbosa
Beco do Inferno > Travessa São Vicente de Paulo
Rua 28 de Setembro > Rua Cônego Neri
Rua 24 de Fevereiro > Rua Álvaro Ribeiro

23 de setembro de 2006

Curiosidades: O primeiro sobrado construído de taipa

O primeiro sobrado construído de taipa (parede que utiliza barro amassado para preencher os espaços criados por uma espécie de gradeamento de paus, varas, bambus, caules de arbustos etc.), foi pelo cidadão ituano Pedro Gonçalves Meira, radicado em Campinas, desde o século XVIII. Nesse prédio, durante muitos anos, esteve estabelecida a firma Cristofani & Irmão, como se pode notar na fachada do prédio, em foto de 1890, na esquina das ruas General Osório e Barão de Jaguara, o prédio já não existe mais em sua construção original. Na foto ao lado esquerdo pode-se parte do Largo do Rosário.

22 de setembro de 2006

Memória Fotográfica: Mercado das Hortaliças x Casa das Andorinhas

Veja a seqüência de fotos do Mercado das Hortaliças inaugurado em 1895; que depois de desativado, pela inauguração do Mercado Central em 1906 no antigo prédio da Estação Funilense; passou a ser reduto de andorinhas e ficou conhecido na época como Casa das Andorinhas.

Tem-se à época de sua inauguração tendo a sua frente a Praça da Liberdade, ao fundo podendo-se ver a torre da Matriz Catedral.


Nesta foto nota-se o intenso movimento de chacareiros com suas carroças.


Nesta foto de 1910 nota-se que seu movimento já não havia mais.


Nesta foto de 1928; a Casa das Andorinhas localizava-se na atual Av. Anchieta, onde hoje encontra-se o Monumento ao Bi-Centenário de Campinas. Esta casa levou este nome por causa das andorinhas que lá buscavam abrigo virando símbolo da cidade (Cidade das Andorinhas) . Tal edifício depois que abandonado pelas andorinhas foi demolido em 1956.


Ainda em foto de 1928 vê-se nela a Casa da Andorinhas, sua lateral, em frente a Escola Normal Carlos Gomes, escola esta em atividades nos tempos atuais.

21 de setembro de 2006

Memória Fotográfica: 1898 - Uma vista para os lados do Cambuí

Em 1898 esta é visão que se tinha de cima da Igreja Catedral, vendo-se em sua grande extensão a rua Conceição que por esta época ainda era conhecida também como rua Formosa, isto pela beleza de seus arredores e por ter trocado de nome a bem pouco tempo.

20 de setembro de 2006

Personagem: Leopoldo Amaral

Leopoldo Amaral

Historiador e jornalista. Nasceu em Campinas em 20 de dezembro de 1856. Escreveu centenas de artigos, crônicas para jornais. Autor de "A cidade de Campinas em 1900" coletânea de informações gerais, 375 páginas, editado pela Casa Livro Azul de Campinas, 1899; "Carlos Gomes e Sua primeira ópera", Campinas, 1922; "Campinas Recordações" 529 páginas, oficinas gráficas de "O Estado de São 'Paulo"- São Paulo- 1927. Faleceu em 31 de maio de 1938.

19 de setembro de 2006

Curiosidades: Início da imprensa em Campinas


João Teodoro.............. Francisco Teodoro

Foi no ano de 1832, na então Vila de São Carlos, que Hércules Florence (sim ele mesmo; um dos inventores da fotografia e que deu o nome de fotografia, para arte de fixação de imagens), deu início à montagem de sua tipografia ou “autografia”. Vinte e seis anos mais tarde dois irmãos, de procedência modesta, adquiriram por compra a oficina tipográfica de Hércules Florence. Eram eles João e Francisco Teodoro de Siqueira e Silva. Assim surgia "Aurora Campineira", primeiro jornal local, em 04 de abril de 1858, tablóide de 4 páginas, tamanho ofício, e tinha em João Teodoro de Siqueira e Silva o seu primeiro profissional jornalista; chegando a ter 120 assinantes. Em 10 de janeiro de 1860 passou a se chamar “O Conservador” e encerrou suas atividades em 11 de novembro de 1860.

Em 31 de outubro de 1869 alguns rapazes mais imbuido de sonhos literários, criaram o bi-semanário “Gazeta de Campinas”; iniciativa do poeta e advogado Francisco Quirino dos Santos.

Em 19 de setembro de 1875 inauguraram o "Diário de Campinas" dando seqüência na evolução da imprensa escrita em Campinas.

18 de setembro de 2006

Curiosidades: 1879 - Bondes com tração animal

Em 25 de setembro de 1879 é iniciado o serviço de transporte de passageiros por bondes puxados a burro em Campinas isto pela Companhia Campineira de Carris de Ferro. As duas linhas iniciais eram a Gasômetro-Estrada de Ferro e Gasômetro-Jardim Público.

17 de setembro de 2006

Curiosidades: 1898 - Primeiro Estabelecimento Comercial a possuir Luz Elétrica

Por esta ocasião, adquiriu um “Dynamo”, com força de 20 ampéres e substituiu toda a iluminação a gás por luz elétrica. Desta forma, a CASA AO LIVRO AZUL (propriedade de Antonio Benedicto de Castro Mendes) e que esteve presente na Rua Barão de Jaguara de 1876 a 1958; foi o primeiro estabelecimento comercial a possuir luz elétrica em Campinas.

16 de setembro de 2006

Curiosidades: 1897 – Vamos ao Cinema?

Dois anos depois que os irmãos Lumiere anunciaram o cinematógrafo na Europa (1895), o aparelho foi exibido em Campinas (1897). E em 1899, um salão de cinema instalado na rua General Osório começava a exibir regularmente sessões as 19 horas, organizadas por Nicola Maria Parente. Documentários de cidades européias e cenas do cotidiano eram conteúdo das primeiras exibições no cine-teatro Rink.

15 de setembro de 2006

Memória Fotográfica: Chafarizes

Foto tirada em 1901; no largo do Teatro São Carlos, à esquerda o chafariz ali colocado em 1873, com a água captada na vertente do Tanquinho (Largo do Pará).


Foto tirada em 1905, vendo-se o Largo Carlos Gomes com o chafariz ali inaugurado em dezembro de 1882 e à direita, no meio da rua Irmã Serafina, o bebedouro de animais que também fornecia água para uso doméstico.


Foto tirada em 1913 do chafariz do Largo Carlos Gomes, feito em alvenaria, tinha ao centro um nicho com artístico jarrão ornamental, e aos lados, dois golfinhos de belo efeito decorativo. Os canos de jorros achavam-se em nível abaixo do solo, vertendo água com fartura e muito aproveitada pelas lavadeiras que estendiam suas roupas pelo capinzal que cobria a grande praça ajardinada.


Foto tirada em 1959, quando ainda era usado pelos animais. Único chafariz existente ainda dos acima mostrados. Este chafariz tem história pois foi criado para dar apoio em 1889 quando da epidemia de Febre Amarela.